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Empréstimos
de bancos públicos sobem o triplo de bancos privados
O
juro nos empréstimos para as pessoas físicas atingiu o menor nível desde 2000,
o governo forçou os bancos públicos a oferecer mais crédito a um custo menor e,
ainda assim, os calotes subiram, encerrando 2012 em 7,9% do total emprestado.
O
valor, que não inclui os financiamentos habitacionais e outras operações
direcionadas, mostra que a inadimplência resiste a cair, frustrando a
expectativa de redução sustentada durante todo o ano pelo BC.
E
pior: até linhas como o consignado e crédito pessoal --mais baratas-- fecharam
2012 com inadimplência no maior patamar desde maio de 2002 (6,4%).
O
chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, não soube explicar por que
isso aconteceu, mas insistiu em que a tendência dos calotes é de queda em 2013.
"Não tenho elementos que poderiam explicar o que fez essa inadimplência
[subir]", disse. "A perspectiva de queda na inadimplência se baseia
na continuidade do crescimento da renda."
O
crescimento das dívidas em atraso é apontado pelos bancos privados como
justificativa para o pé no freio na concessão de empréstimos.
Ignorando
os apelos do governo para acelerar a liberação de crédito, no ano passado, o
estoque de empréstimos nessas instituições cresceu só 7,8%. Nos bancos
públicos, foi mais do que o triplo: 27,2%.
Para
Túlio Maciel, os bancos oficiais estão sendo mais agressivos nas concessões,
sobretudo de financiamentos habitacionais.
Com
isso, aumentaram sua participação no mercado (passaram de 43,5% no fim de 2011
para 47,6% em 2012).
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br
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