SOS CANGUARETAMA

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terça-feira, 3 de abril de 2012

SAÚDE DE BRAÇOS CRUZADOS

Imagem meramente ilustrativa

Servidores param a saúde e negociação não avança

Os Servidores da Saúde Estadual estão em greve. O encontro realizado no final da manhã de ontem na sede da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (Searh), com a presença dos secretários Domício Arruda (Sesap) e Alber Nóbrega (Searh) e da comissão de negociação do Sindsaúde não foi suficiente para paralisar o movimento grevista. A proposta de aumento em 14,92% no salário-base da categoria não foi acatada pelo Governo, o que gerou a paralisação. 
Paralisação também atingiu o pronto-socorro Clóvis Sarinho e o Hospital Walfredo Gurgel
"O que foi oferecido para os servidores não é suficiente. A única proposta concreta apresentada foi a do pagamento de uma dívida de R$4 milhões, referente ao pagamento dos plantões atrasados para cerca de mil servidores. E esse pagamento aconteceria com uma condicionante: com a suspensão da greve. Por isso decidimos permanecer com o movimento", explicou Sônia Maria Godeiro, diretora do Sindsaúde. 
No Estado são 15 mil servidores estaduais da saúde. De acordo com Marcelo Melo,  secretário jurídico do sindicato, os servidores não vão fazer com que os serviços sejam completamente suspensos, mas tem a certeza de que serão reduzidos os números de atendimento. "No Cri - Centro de Reabilitação Infantil por exemplo, o atendimento será reduzido, até porque sabemos que  lá as atividades não podem parar, pois o centro recebe pacientes também do interior", observou.
Com a paralisação, os serviços eletivos serão os mais prejudicados. No Hospital Regional Deoclécio Marques em Parnamirim, a partir de hoje, as cirurgias ortopédicas serão reduzidas. Para a Diretora Elizabete Carrasco, esse será um dos problemas mais delicados para o hospital, que possui atualmente 53 pacientes internados somente no setor da ortopedia do hospital. 
Na tarde de ontem havia apenas atendimento para os pacientes que recebiam a classificação médio risco e urgência, cujos casos se enquadravam nas fichas amarelas e vermelhas. "Com a greve teremos apenas 30% dos serviços prestados funcionando, o que vai prejudicar o andamento do hospital Deoclécio Marques", lamentou a diretora da unidade.
Entre as reivindicações gerais do Sindsaúde estão o aumento de 14,92%, adicional de insalubridade,  convocação de concursados e  sobre o adicional de insalubridade estão a exigência do pagamento imediato dos processos já liberados e o retorno do adicional para os que perderam e também para os que nunca ganharam. 
O Secretário Estadual de Saúde, Domício Arruda, informou que o Estado atendeu parcialmente as reivindicações, aceitando pagar os plantões atrasados em seis parcelas e que foi pedido ao sindicato um prazo de 15 dias para que o Governo pudesse encontrar uma forma de viabilizar o pedido do aumento de 14,92%, o que foi negado. "Com esse quadro de greve nós tivemos que retirar a nossa proposta", explicou o secretário. Dos 15 mil trabalhadores estaduais em saúde, 11 mil atuam no município de Natal, de acordo com Marcelo Melo, secretário jurídico do Sindisaúde e plantonista do Walfredo Gurgel.
Fonte: Tribuna do Norte

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