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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Maternidade da PM pode ser desativada por falta de médico

O Hospital da Polícia Militar  coronel Pedro Germano, localizado na avenida Prudente de Morais, corre sério risco de paralisar o atendimento na maternidade. Diariamente oito partos deixam de ocorrer na unidade por falta de plantonistas. Sem previsão de concurso público da Polícia Militar para o hospital, por limite prudencial do Governo, a direção da unidade suplica por atenção especial para o hospital que possui 13 leitos maternos e seis de UTI neonatal. 
Dos seis médicos obstetras, um está de licença médica e outro de férias. Os pediatras somam apenas cinco. "Essa equipe precisa se dividir em plantões de 12h, quando em cada plantão deve existir uma equipe mínima composta por dois médicos obstetras e um pediatra", diagnosticou o diretor do Hospital da PM, coronel Kléber Farias Cavalcanti, na tarde desta quinta-feira.
A unidade, que já contemplava a maternidade na época da fundação há 49 anos enfrenta hoje a pior crise de recursos humanos da história do hospital, já que o último concurso público foi realizado há 12 anos. Desde então a redução do quadro é constante. Dentro de dois meses, outro obstetra vai desfalcar o quadro pelo mesmo motivo de aposentadoria. 
Em visita à unidade na tarde de ontem a equipe de reportagem constatou que a maternidade possui boas condições de receber parturientes, que muitas vezes são transferidas de municípios distantes.  
A falta de médicos na unidade pode agravar ainda mais a delicada situação da quantidade de leitos de UTI neonatal da capital. Na tarde de ontem, os seis leitos do Hospital da PM estavam ocupados e de acordo com a pediatra neonatologista Tânia Mariuoka, a solicitação por leitos é constante e por isso sempre estão ocupados. Em todo Rio Grande do Norte existem apenas 47 leitos de UTI neonatal. 
Enquanto se recuperava de uma cesariana, a paciente Maria Celeste Barreto (29) parabenizava o bom atendimento prestado pelo Hospital da Polícia Militar. Ela realizou o pré-natal no Centro Clínico do Alecrim, que encaminhou a paciente para a unidade ao passar a época do parto. O filho nasceu na noite desta última quarta-feira e estábemde saúde. "Estou sendo muito bem assistida aqui", ressaltou.
De acordo com informações do Diretor coronel Kléber Farias, a obra de recuperação da unidade ocorre de forma que não impeça o andamento dos atendimentos do hospital, que é geral. Segundo ele as novas instalações estarão prontas até o final do ano. Há 43 vagas para serem preenchidas no Hospital da Polícia Militar coronel Pedro Germano.
O Secretário Estadual de Saúde, Domício Arruda explicou na tarde de ontem que ao longo dos anos a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) colocou médicos à disposição de outras secretarias, como é o caso da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), a qual o Hospital da PM é ligado. 
Domício explicou que a Promotoria da Saúde ingressou com uma ação para que todos os médicos da Sesap retornassem ao órgão da Saúde por problemas de falta de equipe nos demais hospitais do  Estado. "Atualmente 78 médicos estão à disposição do hospital da Polícia Militar e a Secretaria entende que eles não podem sair de lá",explicou. A Sesap explicou também que o problema de falta de profissionais afeta diversas unidades do Estado.
Fonte: Tribuna do Norte

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