Dilma adia a nomeação de
Henrique por receio que ele seja citado no “Eletrolão”
Ex-deputado
recebeu doações “suspeitas” de empresas do ramo de energia
Ex-deputado
recebeu doações “suspeitas” de empresas do ramo de energia
Ex-presidente da
Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PMDB, foi dado como certo no
Ministério do Turismo assim que se livrou, oficialmente, da investigação do
“Petrolão”. Passadas algumas semanas do arquivamento da investigação contra
ele, na Procuradoria-Geral da República, no entanto, a nomeação do
ex-parlamentar ainda não saiu. E o motivo seria a possibilidade dele estar
envolvido em um novo esquema: o “Eletrolão”.
A
hipótese foi levantada pelo colunista Cláudio Humberto, que tem seus textos publicados
em vários jornais do País (aqui no RN, estão na Tribuna do Norte, veiculo que
pertence a família de Henrique Eduardo Alves). O colunista relembra que o
peemedebista, na disputa eleitoral pelo Governo do Estado no ano passado,
recebeu a doação de diversas empresas do setor elétrico, que poderão estar
envolvidas nesse novo esquema.
“Parlamentares
com livre trânsito no Planalto garantem que Dilma ainda não nomeou Henrique
Alves (PMDB) para seu ministério porque teme que seu nome apareça no próximo escândalo,
o do ‘eletrolão’ do setor elétrico. A mesma desculpa ela usava antes da lista
de Janot, na qual Alves não foi citado. Sua campanha para o governo potiguar
recebeu doações de R$ 8,5 milhões de empreiteiras com obras no setor elétrico”,
relembrou Cláudio Humberto.
“A
quem o indaga a esse respeito, Henrique Alves informa que doações para sua
campanha obedecem rigorosamente a lei eleitoral. Entre doadores de campanha de
Henrique Alves estão Queiroz Galvão, Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez, também
citadas no ‘Petrolão'”, acrescentou o colunista.
É
importante lembrar que essas doações já foram noticiadas pel’O Jornal de Hoje,
justamente, pelo fato dessas empresas estarem envolvidas também no Petrolão. A
Odebrecht, por exemplo, teria doado, segundo a prestação de contas do PMDB,
cerca de R$ 5 milhões para a campanha de Henrique no Rio Grande do Norte.
As
doações e mais a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, colocaram Henrique Alves como potencial investigado no esquema de corrupção
da Petrobras. Há algumas semanas, porém, o procurador-geral da república,
Rodrigo Janot, entregou a lista com pedidos de investigação há algumas dezenas
de parlamentares e ex-parlamentares e o nome de Henrique não estava nela. Pelo
contrário, estava na relação de pedidos de arquivamento.
A
“absolvição” do ex-presidente da Câmara dos Deputados, inclusive, fez surgir
uma série de notícias em vários nacionais dando como certa a nomeação dele para
o Ministério do Turismo. Depois, cogitou-se que ele iria para a Integração
Nacional, a pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros, com a intenção de
tranquilizar a ala mais insatisfeita do PMDB.
Fonte: http://jornaldehoje.com.br/
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