Terra – O senador Alvaro Dias (PSDB) anunciou que cobrará explicações da Caixa Econômica Federal sobre uma suposta confusão ocorrida no sorteio do concurso 1764 da Mega-Sena, realizado ontem na cidade paulista de Candido Mota, e que tinha em jogo o maior prêmio da história.
Segundo Alvaro, a entidade informou
que ninguém acertou as 6 dezenas e o prêmio estaria acumulado para o próximo
sábado, fato que já tinha ocorrido por 10 vezes seguidas. No entanto, anunciou
em seguida que um único apostador levou o prêmio de mais de R$ 205 milhões, um
morador de Brasília (DF).
Em nota, o senador disse que “cobrará
explicações formais e imediatas” da Caixa e afirmou que o “desencontro de
informações alimenta especulações de irregularidades, que devem ser passadas a
limpo urgentemente”.
Alvaro é conhecido por tter feito
diversas denúncias envolvendo manipulação de resultados, fraudes e lavagem de
dinheiro envolvendo as loterias da Caixa. Ele também apresentou projeto de lei
que inibe fraudes e lavagem de dinheiro com prêmios de loterias.
Fonte:
http://www.opotiguar.com.br/
ABANDONADO, DELCÍDIO AMEAÇA FALAR O QUE SABE
Do Uol – Josias de Souza – Preso na
superintendência da Polícia Federal em Brasília, o senador Delcídio Amaral
(PT-MS) segue um roteiro que já se tornou usual nos escândalos da era petista.
Encrencado, o ex-líder do governo esperava obter a solidariedade dos amigos e
companheiros. Ao sentir-se abandonado, ele ameaça contar segredos capazes de
encrencar outras pessoas. O movimento tem o ritmo da chantagem, feita por
alguém que espera obter proteção.
Delcídio irritou-se com o resultado davotação em
que o plenário do Senado decidiu mantê-lo na prisão por 59 votos a
13, mais uma abstenção. Abespinhou-se também com comentário atribuído a Lula,
segundo o qual ele teria se portado como um “imbecil” ao
tentar comprar o silêncio do delator Nestor Cerveró. Essa observação, negada
posteriormente por Lula, foi às manchetes nas pegadas da nota oficial
em que o presidente do PT, Rui Falcão, escreveu que o partido “não se julga
obrigado a qualquer gesto de solidariedade” com Delcídio.
Um amigo de Delcídio disse ao blog que ele tem
razões para estar decepcionado. Contou que, nos últimos meses, o senador
tornara-se interlocutor frequente de Lula. Conversavam amiúde, por telefone e
pessoalmente. Nas palavras desse amigo, Delcídio “monitorava” os humores do
pecuarista José Carlos Bumlai, o amigo de Lula que também foi preso nesta
semana. Bumlai e Delcídio se conhecem do Mato Grosso do Sul.
Em depoimento a
dois procuradores da República e um delegado federal, Delcídio disse ter
tentado libertar o delator Nestor Cerveró por “razões humanitárias”.
O interrogatório baseou-se no conteúdo de uma gravação feita por Bernardo
Cerveró, em 4 de novembro, numa suíte de hotel em Brasília. Nela, ouvem-se as
vozes de Bernardo, de Delcídio e do advogado Edson Ribeiro, que respondia pela
defesa de Nestor Cerveró. A certa altura do interrogatório, perguntou-se a
Delcídio sobre um trecho da conversa gravada em que ele diz que falou ou
falaria com ministros do STF para obter, entre outras coisas, a liberdade de
Cerveró.
Ouve-se Delcídio dizer na gravação:
“Agora, […] eu acho que nós temos que centrar fogo no STF. Eu conversei com o
Teori [Zavascki], conversei com o [Dias] Toffoli, pedi pro Toffoli conversar
com o Gilmar [Mendes]. O Michel [Temer] conversou com o Gilmar também, porque o
Michel tá muito preocupado com o [ex-diretor da Petrobras Jorge] Zelada, e eu
vou conversar com o Gilmar também.”
Segundo notícia veiculada pela Globonews, os inquisidores
pediram a Delcídio que falasse sobre a preocupação de Temer com Zelada, que
está preso em Curitiba. O senador disse ter conhecimento de que Temer tem
relação próxima com Zelada. Instado a qualificar a proximidade, Delcídio se
absteve de responder. Temer preside o PMDB. Dos 18 senadores peemedebistas
presentes à sessão em que o Senado avalizou a prisão de Delcídio, 16 votaram a
favor da permanência do colega na cadeia —Edison Lobão (MA) se absteve e Renan
Calheiros (AL), como presidente da Casa, não é dispensado de votar.
Ao farejar as segundas intenções de Delcídio,
Temer apressou-se em responder. Por meio da assessoria, mandou dizer: “Em 2007,
o senhor Jorge Zelada foi levado à Presidência do PMDB por estar sendo indicado
para cargo na Petrobras. Nessa ocasião foi apresentado a Michel Temer. O
presidente do PMDB não o indicou nem trabalhou pela sua manutenção no cargo. O
presidente do PMDB nega qualquer proximidade com Jorge Zelada e repudia
veementemente as declarações do senador Delcídio do Amaral.”
Durante o depoimento, Delcídio
recordou que o hoje delator Nestor Cerveró foi nomeado diretor da área
Internacional da Petrobras em 2003, sob Lula. Nessa época, era Dilma Rousseff
quem respondia pelo Ministério de Minas e Energia, de cujo organograma pende a
estatal petroleira.
Delcídio disse ter sido consultado por
Dilma sobre a nomeação de Cerveró. Opinou favoravelmente. Por alguma razão, o
senador fez questão de realçar que Dilma já conhecia Cerveró de longa data.
Segundo disse, os dois se conheceram na época em que Dilma era secretaria de
Energia do governo do Rio Grande do Sul. Cerveró era gerente da diretoria de
Gás e Energia da Petrobras.
“Como a área de exploração de gás era
bastante desenvolvida naquele Estado, havia contatos permanentes entre a
diretoria de gás e energia da Petrobras e a secretaria comandada por Dilma”,
disse Delcídio.
Fonte:
http://www.opotiguar.com.br/
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