63%
apoiam abertura de processo de impeachment de Dilma, diz Datafolha
Pesquisa finalizada nesta
sexta-feira indica que 57% dos brasileiros acham que a presidente foi conivente
com a corrupção na Petrobras
Pesquisa finalizada nesta
sexta-feira indica que 57% dos brasileiros acham que a presidente foi conivente
com a corrupção na Petrobras
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, véspera
de mais um protesto nacional contra a presidente Dilma Rousseff, indica que 63%
dos brasileiros são favoráveis à abertura de um processo deimpeachment contra ela. A
justificativa são as revelações do escândalo do petrolão pela Operação Lava
Jato da Polícia Federal. Para 57% dos entrevistados, Dilma sabia do esquema de
corrupção na Petrobras e deixou que ele acontecesse; 26% acham que ela sabia,
mas nada poderia ter feito para impedir.
Conforme VEJA revelou, um dos delatores do
petrolão, o doleiro Alberto Youssef declarou em acordo de delação premiada com
o Ministério Público que Dilma e seu antecessor, o ex-presidente Lula, tinham
conhecimento do esquema de corrupção e desvio de verbas da Petrobras que
abasteceu cofres do PT, PMDB e PP. Outro delator, o ex-diretor de Abastecimento
da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou aos investigadores que o ex-ministro
Antônio Palocci pediu a ele uma contribuição de 2 milhões de reais para a
campanha de Dilma em 2010. Além disso, doações oficiais ao PT e registradas na
Justiça Eleitoral eram na verdade uma forma de dissimular o pagamento de
propinas, conforme revelaram à PF executivos presos na Lava Jato.
Nesta semana, Dilma negou que sua campanha tenha
recebido dinheiro de subornos da estatal. “Eu tenho certeza que não”, afirmou a
presidente em entrevista à rede de TV CNN, na versão em espanhol. “Se dinheiro
de suborno chegar a alguém, essa pessoa deve ser responsabilizada. É assim que
tem que ser. Estou absolutamente segura de que a minha campanha não tem
dinheiro de suborno.”
Entre os que apoiam a abertura do impeachment, que pode resultar na
cassação de Dilma, só 37% dos entrevistados sabem que o vice-presidente da
República, Michel Temer (PMDB), assumiria o cargo em caso de afastamento dela.
A maioria dos entrevistados (63%) respondeu que não sabe quem é o
vice-presidente.
A pesquisa foi realizada nesta semana e concluída
na sexta-feira. O Datafolha entrevistou 2.834 pessoas. A margem de erro é de
dois pontos para mais ou para menos. Os dados da pesquisa foram publicados pelo
jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o instituto, a maioria (64%) dos
entrevistados acha que Dilma não será afastada por causa das investigações da
Lava Jato. Mas se fossem realizadas novas eleições, 33% votariam no senador
Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado no segundo turno das eleições
presidenciais do ano passado, e 29% votariam no ex-presidente Lula (PT). A
situação é de empate técnico, no limite da margem de erro.
As manifestações de rua neste domingo, a favor da
saída de Dilma do cargo de presidente, têm o apoio de 75% dos entrevistados
pelo instituto. Pela primeira vez, a corrupção (22%) aparece relacionada como o
principal problema do país, posição tradicionalmente ocupada pela saúde (23%) –
também há um empate neste quesito.
O levantamento também indicou que a popularidade da
presidente parou de cair. Para 13%, ela faz um governo bom ou ótimo, mesmo
patamar da pesquisa anterior, realizada em março. Agora, 60% classificam sua
administração como ruim ou péssima, dois pontos percentuais a menos que o
índice apurado no mês passado. Segundo o Datafolha, a reprovação a Dilma é
superior a 50% em todos os segmentos pesquisados: mulheres e homens, de todas
as idades, padrões de renda e graus de escolaridade, em todas as regiões do
país.
Quando foi afastado por um processo de impeachment em 1992, o
ex-presidente Fernando Collor tinha a pior avaliação já registrada pelo
instituto: 9% de bom ou ótimo.
A expectativa com a evolução da economia brasileira
também é pessimista – 58% acham que a situação deve piorar, 78% acham que a
inflação vai aumentar e 70% acreditam que o desemprego vai subir.
Fonte:
http://jornaldehoje.com.br/
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