SOS CANGUARETAMA

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segunda-feira, 13 de abril de 2015

ENCONTRO DE MOTOCICLISTAS EM PEDRO VELHO

Imagem ilustrativa

Pedro Velho terá um dos principais encontros de motociclistas do NE

Cidade com 15 mil habitantes receberá pela terceira vez, no dia 02 de maio, gente de todo o país

Poucos norte-rio-grandenses sabem que em Pedro Velho, cidade a cerca de 90 km de Natal, batizada com o nome do primeiro governador republicano, cujo território abriga um belo conjunto histórico-arquitetônico, no qual está a maior árvore do Estado (uma Samaumeira amazônica), acontece um dos principais encontros de motociclistas do Nordeste. Evento que demarca o início das comemorações pela emancipação do munícipio (10 de maio), o III Bate e Volta será realizado no dia 02 do quinto mês do ano, com direito a café da manhã, feijoada gratuita e shows de rock para os ‘rebeldes do asfalto’ de todo o país. Organizada pelo ex-maratonista Sebastião Fernandes, o Bastos, a reunião da turma apaixonada pelo ronco do motor gera expectativa entre os munícipes.
Na tarde de sexta-feira (10), eu estava sentado em um banco de uma cigarreira em Pedro Velho, no instante em que um morador passou de bicicleta e perguntou: “E aí, Bastos, tudo pronto?”. Sebastião orbitou por 18 anos o meio dos corredores de rua, com participação em diversas maratonas nacionais e internacionais. Quis a fatalidade que sua esposa morresse, o que lhe deixou em profunda depressão. Funcionário da Cagepa (Companhia de águas e esgotos da Paraíba), ele passa a semana em João Pessoa e sábado e domingo no município potiguar. Foi na capital paraibana que o acaso fisgou o viúvo. Bastos renasceu na cultura nascida na contracultura californiana, que encontrou ressonância aqui no ‘Brasil Profundo’.
“Peguei uma depressão, mas aí você tem que ter um objetivo na vida, sempre levantar a cabeça. Então, certo dia que eu estava caminhando, porque eu passei 30 dias caminhando para purificar a mente, fui no encontro de motos de João Pessoa. Aí um cara me fez uma interrogação, dizendo que eu gostava de moto e me chamou para o motoclube Lobos da Praia, um dos mais antigos da Paraíba, desde 1966. Daí comecei a gostar. Comprei uma moto. Foi quando pensei: ‘Vou fazer uma brincadeira com cem amigos em Pedro Velho. Nessa história, de cem amigos deram seiscentos. Pense numa loucura. Eu sem ter experiência de nada. Até que pegou toda a história”.
A partir desse momento, sua vida foi devotada aos prazeres sobre duas rodas, como um hellsangel pacificado. O primeiro Bate e Volta, em 2011, foi um sucesso, com aproximadamente 2.200 motociclistas nas ruas da cidade de 15 mil habitantes. Entretanto, a falta de estrutura local (leia-se lugar para comer e dormir) afugentou participantes na edição seguinte, o que reduziu o número para 400. “Naquele momento que houve aquela explosão, que eles chamaram de fenômeno aqui em Pedro Velho e no meio dos motociclistas de todo o Brasil, como eles não encontraram a estrutura ideal, deram uma recuada. Mas houve um trabalho forte da gente, melhoramos isso com apoio maior da Prefeitura e os caras começaram a divulgar de novo. Esse ano vai voltar a vir mais gente”.
Ao meio dia, será oferecida uma feijoada gratuita, para, em seguida, começar um passeio rumo ao centro histórico, entrecho tombado como Patrimônio Histórico do RN, até o ‘Pau Grande’ – como a população local chama a árvore gigantesca. De lá, concentração no Áquarios Clube, como preâmbulo da abertura oficial, marcada para as 19 horas com shows da banda Retro Rocks e de Elvis Cover. “Já temos a confirmação de gente de Brasília, da Bahia, Aracaju, Maceió, Pernambuco, Paraíba e de outras cidades aqui do Rio Grande do Norte”. Empolgado, Bastos anuncia o desejo de ampliar o Bate e Volta de Pedro Velho para um motofest com três dias de duração. “Eu preciso de uns R$ 25 mil para fazer isso”.
Fonte: http://jornaldehoje.com.br/

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