Imagem ilustrativa
Pedro
Velho terá um dos principais encontros de motociclistas do NE
Cidade com 15 mil habitantes
receberá pela terceira vez, no dia 02 de maio, gente de todo o país
Poucos
norte-rio-grandenses sabem que em Pedro Velho, cidade a cerca de 90 km de
Natal, batizada com o nome do primeiro governador republicano, cujo território
abriga um belo conjunto histórico-arquitetônico, no qual está a maior árvore do
Estado (uma Samaumeira amazônica), acontece um dos principais encontros de
motociclistas do Nordeste. Evento que demarca o início das comemorações pela
emancipação do munícipio (10 de maio), o III Bate e Volta será realizado no dia
02 do quinto mês do ano, com direito a café da manhã, feijoada gratuita e shows
de rock para os ‘rebeldes do asfalto’ de todo o país. Organizada pelo
ex-maratonista Sebastião Fernandes, o Bastos, a reunião da turma apaixonada
pelo ronco do motor gera expectativa entre os munícipes.
Na
tarde de sexta-feira (10), eu estava sentado em um banco de uma cigarreira em
Pedro Velho, no instante em que um morador passou de bicicleta e perguntou: “E
aí, Bastos, tudo pronto?”. Sebastião orbitou por 18 anos o meio dos corredores
de rua, com participação em diversas maratonas nacionais e internacionais. Quis
a fatalidade que sua esposa morresse, o que lhe deixou em profunda depressão.
Funcionário da Cagepa (Companhia de águas e esgotos da Paraíba), ele passa a
semana em João Pessoa e sábado e domingo no município potiguar. Foi na capital
paraibana que o acaso fisgou o viúvo. Bastos renasceu na cultura nascida na
contracultura californiana, que encontrou ressonância aqui no ‘Brasil
Profundo’.
“Peguei
uma depressão, mas aí você tem que ter um objetivo na vida, sempre levantar a
cabeça. Então, certo dia que eu estava caminhando, porque eu passei 30 dias
caminhando para purificar a mente, fui no encontro de motos de João Pessoa. Aí
um cara me fez uma interrogação, dizendo que eu gostava de moto e me chamou
para o motoclube Lobos da Praia, um dos mais antigos da Paraíba, desde 1966.
Daí comecei a gostar. Comprei uma moto. Foi quando pensei: ‘Vou fazer uma
brincadeira com cem amigos em Pedro Velho. Nessa história, de cem amigos deram
seiscentos. Pense numa loucura. Eu sem ter experiência de nada. Até que pegou
toda a história”.
A
partir desse momento, sua vida foi devotada aos prazeres sobre duas rodas, como
um hellsangel pacificado. O primeiro Bate e Volta, em 2011, foi um sucesso, com
aproximadamente 2.200 motociclistas nas ruas da cidade de 15 mil habitantes.
Entretanto, a falta de estrutura local (leia-se lugar para comer e dormir)
afugentou participantes na edição seguinte, o que reduziu o número para 400.
“Naquele momento que houve aquela explosão, que eles chamaram de fenômeno aqui
em Pedro Velho e no meio dos motociclistas de todo o Brasil, como eles não
encontraram a estrutura ideal, deram uma recuada. Mas houve um trabalho forte
da gente, melhoramos isso com apoio maior da Prefeitura e os caras começaram a
divulgar de novo. Esse ano vai voltar a vir mais gente”.
Ao
meio dia, será oferecida uma feijoada gratuita, para, em seguida, começar um
passeio rumo ao centro histórico, entrecho tombado como Patrimônio Histórico do
RN, até o ‘Pau Grande’ – como a população local chama a árvore gigantesca. De
lá, concentração no Áquarios Clube, como preâmbulo da abertura oficial, marcada
para as 19 horas com shows da banda Retro Rocks e de Elvis Cover. “Já temos a
confirmação de gente de Brasília, da Bahia, Aracaju, Maceió, Pernambuco,
Paraíba e de outras cidades aqui do Rio Grande do Norte”. Empolgado, Bastos
anuncia o desejo de ampliar o Bate e Volta de Pedro Velho para um motofest com
três dias de duração. “Eu preciso de uns R$ 25 mil para fazer isso”.
Fonte: http://jornaldehoje.com.br/
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