Custo
da energia elétrica aumenta 60% em 12 meses no Brasil
Energia elétrica ficou, em média,
22,08% mais cara no País em março
Energia elétrica ficou, em média,
22,08% mais cara no País em março
O
custo da energia elétrica acumula inflação de 60,42% no período de 12 meses,
segundo dados de março do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou
em 8,13%.
Em março deste ano, a energia elétrica
ficou, em média, 22,08% mais cara no País, respondendo por mais da metade da
inflação oficial no mês, que ficou em 1,32%. “Esse aumento leva em conta os
reajustes extraordinários concedidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) às concessionárias. Também inclui a bandeira tarifária que, neste mês,
ficou vermelha”, disse a coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes
dos Santos.
A bandeira tarifária é um custo extra
que o consumidor precisa pagar quando as usinas termelétricas são acionadas
para produzir energia. A energia produzida por essas usinas é mais cara do que
a produzida pelas usinas hidrelétricas. E como as térmicas estão sendo muito
usadas, a bandeira tarifária está vermelha: a mais cara.
Entre as cidades e regiões
metropolitanas analisadas pelo IBGE, as maiores altas na energia elétrica foram
registradas em Campo Grande (34,77%) e Curitiba (32,73%). Em Recife, houve o
menor reajuste: 0,65%. No Rio, a alta foi 23,34% e em São Paulo, 25,63%.
Segundo Eulina, a alta da energia
elétrica tem não só impacto direto no bolso do consumidor, que paga sua conta
de luz, como também tem efeito indireto no preço de outros produtos, já que
aumenta o custo dos produtores e fornecedores de serviços aos consumidores. “A
refeição fora de casa tem influência da energia, por exemplo”, disse a
pesquisadora.
A inflação de março também teve impacto
dos alimentos, que aumentaram 1,17% no mês. Entre os produtos com maior aumento
de preços estão cebola (15,1%), ovo de galinha (12,75%) e alho (7,66%). Outros
produtos com alta foram refeição fora de casa (1,03%), leite longa vida (2,74%)
e pão francês (0,93%).
A taxa do IPCA acumulada em 12 meses,
de 8,13%, é a maior desde dezembro de 2003 (9,03%). “Em 2003, a inflação foi
mais influenciada pela desvalorização do real. Neste ano, o país também está
vivendo uma pressão do dólar. Mas, também, temos realinhamento de preços
administrados, como a energia elétrica, e de impostos sobre itens mais caros,
como os automóveis”, disse Eulina.
Fonte: http://jornaldehoje.com.br/
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