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domingo, 2 de setembro de 2012

RESERVA DE VAGAS NA EDUCAÇÃO

Reserva de vagas divide opiniões

Os alunos de escolas públicas de Ensino Médio em Natal estão comemorando a sanção da presidenta Dilma Rousseff, na última quarta-feira, ao projeto de lei de autoria da deputada federal Nice Lobão (PSD-MA) que reserva 50% das vagas nas universidades federais aos estudantes da rede pública. Já os alunos e professores de escolas e cursinhos privados dizem que a atitude do governo é uma forma de maquiar as deficiências no Ensino Médio, que a cada edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), estariam se tornando mais alarmantes. A reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Cruz, aprova a decisão da presidenta, discorda do pensamento de quem não acredita na preparação do aluno que vem da escola pública e diz que a UFRN já vinha praticando política de cotas.
A distribuição das vagas a serem ocupadas deverá observar ainda a cor da pele dos candidatos - haverá vagas reservadas a negros, pardos e índios na proporção dessas populações em cada estado. Metade dessas cotas é voltada a estudantes de famílias de baixa renda. Aprovada no Senado no dia 7 de agosto, a lei foi sancionada sem alterações importantes. Dilma vetou apenas o artigo 2º, que determinava a seleção de alunos do sistema público por meio de um Coeficiente de Rendimento (CR), ou seja, a média de suas notas no ensino médio. Com o veto, passa a ser usado o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na prática, a lei estabelece que metade das 240 mil vagas mantidas nas universidades federais não serão mais ocupadas pela questão do mérito entre os candidatos. Esse sistema dava às escolas particulares mais de 80% das vagas. Agora, 120 mil vagas estão reservadas exclusivamente a alunos de escolas públicas.
Com a sanção da lei, o clima foi animador na Escola Estadual Professor Varela Barca, na Zona Norte de Natal. "Agora tenho mais chances de passar para o curso de Engenharia da Computação", disse o estudante Emerson Barbosa, 16. Para ele, a medida do governofaz justiça aos alunos de escolas públicas que não têm as mesmas condições de concorrer a uma vaga no ensino superior, mas que, de igual modo é cidadão.
Pedro Victor, 16, que também pretende fazer Engenharia da Computação, disse que muitos jovens agora podem sonhar com um futuro melhor a partir do ingresso no ensino superior. "Eu reconheço que dificilmente teria condições se não fosse essa lei". A aluna Claudialine de Lima, 19, que pretende Direito e para isso já faz cursinho, está agora mais confiante. Já Rayane dos Santos Silva, 14, mesmo ainda fazendo o primeiro ano do ensino médio disse que vai perseguir o sonho do ensino superior a partir de agora.
 
Fonte: Diário de Natal

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