Empreiteiro
envolve campanha de Dilma
Brasília (AE) - O dono da UTC, Ricardo Pessoa citou em depoimento de delação
premiada suposto repasse ilegal de R$ 3,6 milhões para o tesoureiro da campanha
da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, e o ex-tesoureiro
nacional do PT João Vaccari Neto. Ele entregou aos investigadores uma planilha
intitulada "pagamentos ao PT por caixa dois" que relaciona os dois
petistas aos valores milionários que teriam sido repassados ilegalmente entre
2010 e 2014. Nas oitivas, o empreiteiro também mencionou o ministro da Secretaria
de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da
presidente Dilma Rousseff em 2014. Pessoa teria detalhado repasses de R$ 7,5
milhões para ajudar a reeleger Dilma.
Na quinta-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação de Ricardo Pessoa, o que significa que as informações prestadas por ele em depoimento à Procuradoria Geral da República poderão ser utilizadas como indícios para ajudar as investigações. Os depoimentos ocorreram em Brasília de 25 a 29 de maio e teriam gerado mais de 80 páginas, conforme investigadores que acompanharam a delação.
Na quinta-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação de Ricardo Pessoa, o que significa que as informações prestadas por ele em depoimento à Procuradoria Geral da República poderão ser utilizadas como indícios para ajudar as investigações. Os depoimentos ocorreram em Brasília de 25 a 29 de maio e teriam gerado mais de 80 páginas, conforme investigadores que acompanharam a delação.
Atual secretário municipal do prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), Filippi é próximo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de
quem também foi tesoureiro na campanha à reeleição em 2006. Foi Lula quem o
indicou para cuidar das contas de campanha de Dilma em 2010.
Os supostos pagamentos a José de Filippi relacionados pelo ex-presidente da UTC em delação premiada somam R$ 750 mil e foram feitos nos anos eleitorais de 2010, 2012 e 2014. Há apenas um pagamento fora da calendário eleitoral, no ano de 2011, de R$ 100 mil, conforme documento obtido pelo Estado.
Nos meses de abril, maio, junho e novembro do ano eleitoral de 2010, conforme a planilha, Filippi teria recebido de "caixa dois" R$ 250 mil. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há registro de repasse de R$ 1 milhão da UTC para a direção nacional do PT e de R$ 5 milhões para o comitê financeiro único do PT nacional em 2010. Na prestação da campanha de Dilma no mesmo ano, não há registro de doação da empreiteira nem do seu braço Constran.
A planilha relaciona, ainda, pagamento de "caixa dois" a Filippi nos valores de: 2012 (R$ 200 mil/junho); 2013 (R$ 100 mil/março/abril/ junho) e 2014 (R$ 100 mil/abril/maio).
Pessoa chegou a arrolar Fillipi como sua testemunha de defesa no processo em que o empreiteiro é acusado de chefiar o esquema de empreiteiras que pagava propina para executivos e partidos políticos em troca de conseguir os melhores contratos na petroleira. A lista de testemunhas na época causou estranheza até mesmo do juiz Sérgio Mouro que pediu explicações sobre a escolha dos nomes e Pessoa desistiu de arrolá-lo.
Os supostos pagamentos a José de Filippi relacionados pelo ex-presidente da UTC em delação premiada somam R$ 750 mil e foram feitos nos anos eleitorais de 2010, 2012 e 2014. Há apenas um pagamento fora da calendário eleitoral, no ano de 2011, de R$ 100 mil, conforme documento obtido pelo Estado.
Nos meses de abril, maio, junho e novembro do ano eleitoral de 2010, conforme a planilha, Filippi teria recebido de "caixa dois" R$ 250 mil. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há registro de repasse de R$ 1 milhão da UTC para a direção nacional do PT e de R$ 5 milhões para o comitê financeiro único do PT nacional em 2010. Na prestação da campanha de Dilma no mesmo ano, não há registro de doação da empreiteira nem do seu braço Constran.
A planilha relaciona, ainda, pagamento de "caixa dois" a Filippi nos valores de: 2012 (R$ 200 mil/junho); 2013 (R$ 100 mil/março/abril/ junho) e 2014 (R$ 100 mil/abril/maio).
Pessoa chegou a arrolar Fillipi como sua testemunha de defesa no processo em que o empreiteiro é acusado de chefiar o esquema de empreiteiras que pagava propina para executivos e partidos políticos em troca de conseguir os melhores contratos na petroleira. A lista de testemunhas na época causou estranheza até mesmo do juiz Sérgio Mouro que pediu explicações sobre a escolha dos nomes e Pessoa desistiu de arrolá-lo.
A planilha apresentada por Pessoa no processo de delação
premiada também relaciona o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que ocupou o
cargo até abril deste ano. O petista esta preso acusado de ser o operador do PT
no esquema de corrupção e de ter lavado dinheiro para o partido. Na relação
apresentada por Pessoa, ele aparece relacionado a suposto pagamento de caixa
dois no valor de R$ 2,9 milhões que teriam sido efetuados entre 2011 e 2013,
período em que ele respondia pelo caixa do PT. Em fevereiro de 2011, ele teria
recebido R$ 500 mil para o partido; em março de 2011, R$ 500 mil; em março de
2012, R$ 220 mil. Em 2013 foram quatro pagamentos: em abril (R$ 350 mil), em
julho foram dois pagamentos de R$ 350 mil e R$ 500 mil e em agosto, de R$ 500
mil.
PT afirma em nota que as doações foram legais
Brasília (AE) - Após a revelação de que o ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa afirmou, em delação premiada, ter repassado R$ 3,6 milhões de caixa dois, entre 2010 e 2014, para o ex-tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff, José de Filippi, e o ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, o PT divulgou nota afirmando que as doações feitas ao partido são legais. "A Secretaria de Finanças do PT informa, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que todas as doações recebidas pelo partido aconteceram estritamente dentro da legislação vigente e foram posteriormente declaradas à Justiça".
Tesoureiro
O ex-coordenador financeiro da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República em 2010, José de Filippi Jr., disse, em nota, que durante o pleito de 2010 manteve contato "de forma transparente com diversas empresas em busca de doações eleitorais, portanto legalmente registradas, incluindo o senhor Ricardo Pessoa". Filippi Jr. afirma que todas as doações feitas pela UTC foram realizadas via Transferência Eletrônica Direta (TED) e devidamente registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. "Não solicitei e nem recebi doação que não seja legal", reiterou, ressaltando que os dados das prestações de contas são públicos e estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral para consulta.
José de Filippi Jr. é atualmente secretário municipal de Saúde da gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo e foi um dos citados pelo ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa, em depoimento de delação premiada. Pessoa disse à Procuradoria-Geral da República que repassou R$ 3,6 milhões de caixa 2 para a campanha de Dilma em 2010, e para o ex-tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto, entre 2010 e 2014.
Brasília (AE) - O empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) documento que cita repasse de R$ 250 mil à campanha do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ao Governo de São Paulo em 2010. A informação consta da planilha intitulada "pagamentos ao PT por caixa dois", entregue durante os depoimentos prestados em regime de delação premiada.
Nas oitivas, o empreiteiro também teria citado o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014. Segundo a "GloboNews", Pessoa detalhou repasses de R$ 7,5 milhões para ajudar a reeleger Dilma. No documento entregue pelo empresário, o pagamento a Mercadante aparece ao lado da informação "eleições de 2010". Naquele ano, o petista concorreu, sem sucesso, ao cargo de governador de São Paulo - o eleito foi Geraldo Alckmin (PSDB). O ministro nega que sua campanha tenha recebido recursos não contabilizados.
Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Mercadante declarou doações oficiais de empresas da holding UTC Participações, da qual Pessoa é acionista. Ambas foram de R$ 250 mil, mesmo valor descrito no documento entregue à PGR. A primeira contribuição oficial, do dia 29 de julho, foi feita pela Constran Construções. A segunda, de 27 de agosto, partiu da UTC Engenharia. Ambas foram feitas por meio de transferência eletrônica.
O documento também descreve três pagamentos, no total de R$ 3,2 milhões, à JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão e investigado na Lava Jato, suspeito de ter recebido de empreiteiras recursos desviados da Petrobrás. Os repasses, segundo a planilha, foram pactuados em "contrato de prestação de serviços com José Dirceu".
Procurado pelo Estado, Mercadante informou que desconhece o teor da delação e que as únicas doações feitas por empresas de Pessoa estão registradas na Justiça eleitoral. Ele explicou que a UTC fez uma única contribuição, no valor de R$ 250 mil, e que a Constran contribuiu com outros R$ 250 mil.
PT afirma em nota que as doações foram legais
Brasília (AE) - Após a revelação de que o ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa afirmou, em delação premiada, ter repassado R$ 3,6 milhões de caixa dois, entre 2010 e 2014, para o ex-tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff, José de Filippi, e o ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, o PT divulgou nota afirmando que as doações feitas ao partido são legais. "A Secretaria de Finanças do PT informa, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que todas as doações recebidas pelo partido aconteceram estritamente dentro da legislação vigente e foram posteriormente declaradas à Justiça".
Tesoureiro
O ex-coordenador financeiro da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República em 2010, José de Filippi Jr., disse, em nota, que durante o pleito de 2010 manteve contato "de forma transparente com diversas empresas em busca de doações eleitorais, portanto legalmente registradas, incluindo o senhor Ricardo Pessoa". Filippi Jr. afirma que todas as doações feitas pela UTC foram realizadas via Transferência Eletrônica Direta (TED) e devidamente registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. "Não solicitei e nem recebi doação que não seja legal", reiterou, ressaltando que os dados das prestações de contas são públicos e estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral para consulta.
José de Filippi Jr. é atualmente secretário municipal de Saúde da gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo e foi um dos citados pelo ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa, em depoimento de delação premiada. Pessoa disse à Procuradoria-Geral da República que repassou R$ 3,6 milhões de caixa 2 para a campanha de Dilma em 2010, e para o ex-tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto, entre 2010 e 2014.
Brasília (AE) - O empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) documento que cita repasse de R$ 250 mil à campanha do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ao Governo de São Paulo em 2010. A informação consta da planilha intitulada "pagamentos ao PT por caixa dois", entregue durante os depoimentos prestados em regime de delação premiada.
Nas oitivas, o empreiteiro também teria citado o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014. Segundo a "GloboNews", Pessoa detalhou repasses de R$ 7,5 milhões para ajudar a reeleger Dilma. No documento entregue pelo empresário, o pagamento a Mercadante aparece ao lado da informação "eleições de 2010". Naquele ano, o petista concorreu, sem sucesso, ao cargo de governador de São Paulo - o eleito foi Geraldo Alckmin (PSDB). O ministro nega que sua campanha tenha recebido recursos não contabilizados.
Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Mercadante declarou doações oficiais de empresas da holding UTC Participações, da qual Pessoa é acionista. Ambas foram de R$ 250 mil, mesmo valor descrito no documento entregue à PGR. A primeira contribuição oficial, do dia 29 de julho, foi feita pela Constran Construções. A segunda, de 27 de agosto, partiu da UTC Engenharia. Ambas foram feitas por meio de transferência eletrônica.
O documento também descreve três pagamentos, no total de R$ 3,2 milhões, à JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão e investigado na Lava Jato, suspeito de ter recebido de empreiteiras recursos desviados da Petrobrás. Os repasses, segundo a planilha, foram pactuados em "contrato de prestação de serviços com José Dirceu".
Procurado pelo Estado, Mercadante informou que desconhece o teor da delação e que as únicas doações feitas por empresas de Pessoa estão registradas na Justiça eleitoral. Ele explicou que a UTC fez uma única contribuição, no valor de R$ 250 mil, e que a Constran contribuiu com outros R$ 250 mil.
Fonte:
Tribuna do Norte
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