Shoppings
têm queda de até 20%
O volume de vendas nos shoppings no primeiro semestre do ano
tem preocupado lojistas e entidades do setor. Apesar de não haver uma pesquisa
oficial com números segmentados do tipo de comércio, de acordo com a Federação
das Câmaras de Lojistas do Rio Grande do Norte (FCDL), o cenário é de queda nos
principais shoppings de Natal, entre 15% e 20% apenas nos últimos dois meses. A
exceção, segundo a FCDL, são o Midway Mall e o Natal Shopping, “que fidelizaram
seus consumidores a partir de atrativos como segurança, infraestrutura e
estacionamentos cobertos”.
“Pela crise, nós temos uma queda configurada. Mas, se fosse
somente pela economia, as reduções seriam iguais. Contudo, alguns shoppings
estão prejudicando os lojistas, com altos valores de estacionamento, por
exemplo. E, se não houver um consenso, ou os lojistas vão quebrar ou os
shoppings vão ficar sem lojas”, afirmou Afrânio Miranda, presidente da FCDL.
Ainda de acordo com Afrânio, nem liquidações têm surtido efeito com os cenários adversos encontrados pelos lojistas. “As promoções foram feitas, com boas ofertas, mas, mesmo com bons preços, o cliente não vem. Investimos e não há retorno, porque o consumidor acaba indo para o comércio de rua e outros shoppings onde não há um estacionamento tão caro. Não há justificativa para um valor tão alto, já que boa parte da taxa já fica para o dono do shopping, não é repartido com os lojistas”, declarou.
Lojas
Para uma vendedora de uma loja no Shopping Via Direta, o panorama traçado pela FCDL condiz com a realidade enfrentada na loja. “Temos um concorrente direto que é o Natal Shopping, com toda uma estrutura e ao mesmo preço de estacionamento. Isso reflete nas vendas, porque as pessoas reclamam e acabam se afastando. E é um problema para os comerciantes, porque o lucro depende do fluxo de clientes”, pontuou Paula Gemir, de 35 anos.
Ainda de acordo com Afrânio, nem liquidações têm surtido efeito com os cenários adversos encontrados pelos lojistas. “As promoções foram feitas, com boas ofertas, mas, mesmo com bons preços, o cliente não vem. Investimos e não há retorno, porque o consumidor acaba indo para o comércio de rua e outros shoppings onde não há um estacionamento tão caro. Não há justificativa para um valor tão alto, já que boa parte da taxa já fica para o dono do shopping, não é repartido com os lojistas”, declarou.
Lojas
Para uma vendedora de uma loja no Shopping Via Direta, o panorama traçado pela FCDL condiz com a realidade enfrentada na loja. “Temos um concorrente direto que é o Natal Shopping, com toda uma estrutura e ao mesmo preço de estacionamento. Isso reflete nas vendas, porque as pessoas reclamam e acabam se afastando. E é um problema para os comerciantes, porque o lucro depende do fluxo de clientes”, pontuou Paula Gemir, de 35 anos.
De acordo com Larissa Steffany, 22 anos, operadora de caixa
em uma loja do Shopping Cidade Jardim, faltam atrativos para atrair um maior
fluxo de clientes nos corredores dos shoppings. “Não há incentivos para as
vendas, como programas para compensar os valores de estacionamento, então,
muitos clientes reclamam. Nosso movimento está equilibrado, com uma queda
mínima de 10% em relação ao ano passado, muito por conta da nossa cartela de
clientes. Mas, pela estrutura que os grandes shoppings oferecem, nós acabamos
em desvantagem sim”, analisou.
Um destes consumidores - que acabam deixando de estacionar nos shoppings - é o contador José Wellington Rodrigues, de 65 anos. “O maior shopping da cidade não cobra e oferece toda aquela estrutura. Claro que o fluxo vai ser maior lá. Então, existe sim um esvaziamento nos outros neste momento de crise, porque aqueles que cobram acabam afastando o consumidor. Eu mesmo, quando vou em um desses que cobram, deixo meu carro em outro lugar e economizo este valor, já que nem sempre vou consumir com tanta força”, disse.
Outro lado
O Shopping Cidade Jardim informou, em nota, que os valores cobrados decorrem dos serviços prestados, como estacionamento, investimentos em treinamento de pessoal, ronda permanente e limpeza. Sobre as vendas, afirmou que com o período de liquidações, já houve reação e aumento do número de clientes em circulação. O Partage Norte Shopping declarou que está aberto ao diálogo com os lojistas e mencionou que as taxas foram reduzidas neste final de semana, durante as liquidações. O Praia Shopping também anunciou desconto na taxa durante todo o mês de julho. Já o Natal Shopping disse que o estacionamento é mais uma comodidade que oferece, com vagas cobertas e outras tecnologias.
Um destes consumidores - que acabam deixando de estacionar nos shoppings - é o contador José Wellington Rodrigues, de 65 anos. “O maior shopping da cidade não cobra e oferece toda aquela estrutura. Claro que o fluxo vai ser maior lá. Então, existe sim um esvaziamento nos outros neste momento de crise, porque aqueles que cobram acabam afastando o consumidor. Eu mesmo, quando vou em um desses que cobram, deixo meu carro em outro lugar e economizo este valor, já que nem sempre vou consumir com tanta força”, disse.
Outro lado
O Shopping Cidade Jardim informou, em nota, que os valores cobrados decorrem dos serviços prestados, como estacionamento, investimentos em treinamento de pessoal, ronda permanente e limpeza. Sobre as vendas, afirmou que com o período de liquidações, já houve reação e aumento do número de clientes em circulação. O Partage Norte Shopping declarou que está aberto ao diálogo com os lojistas e mencionou que as taxas foram reduzidas neste final de semana, durante as liquidações. O Praia Shopping também anunciou desconto na taxa durante todo o mês de julho. Já o Natal Shopping disse que o estacionamento é mais uma comodidade que oferece, com vagas cobertas e outras tecnologias.
Fonte:
Tribuna do Norte
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