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Câmara deixa votação do projeto de royalties do petróleo para agosto
Sem consenso sobre texto, a Câmara de Deputados
deixará para agosto a votação do projeto de lei que destina royalties do
petróleo para educação (75%) e saúde (25%). A decisão foi tomada na reunião
do Colégio de Líderes da Câmara no início da tarde desta terça-feira (16).
O líder do governo na Câmara, deputado federal
Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que a votação dos royalties ficou para
depois devido à "complexidade" do tema e para evitar uma
"decisão equivocada".
"Nós queremos produzir a melhor lei e seria um
equívoco, eventualmente irrecuperável, se a gente tomasse uma decisão que,
ainda que eivada de boa intenção, resultasse numa decisão equivocada."
Segundo ele, a ideia é votar a matéria na primeira quinzena de agosto.
Para o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo
Cunha (RJ), votar os royalties depois do recesso "não vai prejudicar em
nada".
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO),
criticou a posição do governo em defender para educação e saúde o uso de 50%
dos rendimentos do Fundo Social do petróleo e não de seu valor total.
"O governo insiste em tentar derrubar no projeto
dos royalties o repasse do Fundo Social, querendo dizer que apenas o rendimento
seria suficiente, mas nós sabemos que seria um repasse irrisório,
insignificante, seria uma farsa que estaria se propondo para dois setores
fundamentais, como saúde e educação", disse.
"Acredito que vai prevalecer a tese de ser 50%
do Fundo Social, o que nos dará no decorrer de dez anos um repasse em torno de
R$ 200 bilhões para a educação e pouco mais de R$ 90 bilhões para a saúde, mas
pelo menos já é uma fonte a mais pra ir alicerçando esses dois setores."
Como o PL tem urgência regimental, o
adiamento da votação deixará a pauta da Câmara trancada para outros projetos de
lei --com permissão para votar PECs (propostas de emenda a Constituição) e
medidas provisórias, por exemplo.
Fonte: www.uol.com.br/
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