Servidores
vão recorrer à Justiça
Os servidores estaduais vão acionar a Justiça para tentar
derrubar a Lei Complementar nº 526 que unificou os Fundos Previdenciário e
Financeiro do Rio Grande do Norte. O projeto de autoria do Executivo foi
aprovado na última quinta-feira (18), na Assembléia Legislativa (AL), e
publicado ontem (19), no Diário Oficial do Estado. Os sindicatos dos servidores
já procuraram o Ministério Público (MPRN) e Tribunal de Contas (TCE) para
formalizar a denúncia contra o Governo.
Desde que chegou à AL-RN, a mensagem governamental com o
projeto de lei foi repudiada pelos servidores estaduais que são contra a
proposta. Antes de ser aprovada pela maioria dos deputados estaduais (17 votos
a favor e apenas 1 contra), na última quinta-feira, havia a expectativa
de que a lei fosse discutida com sindicatos e órgãos de fiscalização
externa. No entanto, o Executivo conseguiu articular com os parlamentares a
aprovação do projeto antes de uma repercussão maior.
O projeto foi apresentado pelo Governo do Estado como manobra para cobrir o déficit de R$ 150 milhões na folha de pessoal referente ao mês de dezembro. Porém, com a unificação dos Fundos, a administração estadual terá à disposição um montante superior a R$ 1 bilhão – resultado de nove anos de contribuição de servidores estaduais.
O projeto foi apresentado pelo Governo do Estado como manobra para cobrir o déficit de R$ 150 milhões na folha de pessoal referente ao mês de dezembro. Porém, com a unificação dos Fundos, a administração estadual terá à disposição um montante superior a R$ 1 bilhão – resultado de nove anos de contribuição de servidores estaduais.
Segundo o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) – único
parlamentar que votou contra a proposta –, a lei beneficia apenas a
governadora. “O projeto só foi feito para livrar Rosalba das garras da Lei de
Improbidade; para premiar a incompetência do seu governo. Com a lei sancionada,
a governadora vai pegar o dinheiro e cobrir o rombo que ela mesma criou no
Estado”, disse.
A lei une o Fundo Previdenciário – que reúne as aposentadorias de servidores até 2005 e possui um déficit mensal de R$ 68,6 milhões – com o Fundo Financeiro. Este, criado para servidores que ingressaram após 2005, é superavitário em mais de R$ 1 bilhão e reúne contribuições de servidores que se aposentarem a partir de 2025.
De acordo com o presidente do Conselho Previdenciário do Estado, Nereu Linhares, os servidores estaduais são contra a unificação dos fundos porque autoriza o Estado sacar dinheiro que seria utilizado no futuro. “O servidor não pode aceitar isso. O Governo está tirando a garantia de que ele vai receber no futuro”, explicou.
Com a lei aprovada e publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado, resta aos servidores tentar derrubar a validade da legislação por via judicial. Para isto, os sindicatos procuraram o MP-RN e TCE. O próprio Linhares esteve ontem na sede do Tribunal de Contas e falou com o Procurador-geral do Ministério Público junto ao TCE (MPjTCE), Luciano Ramos. Apesar do recesso no órgão, o procurador se prontificou em conversar com os servidores estaduais na próxima segunda-feira (22). Também ontem, Nereu esteve com um representante do MPRN.
O coordenador-secretário do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai-RN), Santino Arruda, confirmou que as assessorias jurídicas dos demais sindicatos estudam qual peça jurídica será formalizada para tentar barrar a lei de unificação dos fundos. “O entendimento é de que a Justiça deve acatar nosso pedido de suspensão dessa lei absurda”, contou. Arruda informou ainda que será realizada uma assembléia geral com os servidores na próxima segunda-feira, às 10h, na sede do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (Sindsaúde-RN).
Fonte: Tribuna do NorteA lei une o Fundo Previdenciário – que reúne as aposentadorias de servidores até 2005 e possui um déficit mensal de R$ 68,6 milhões – com o Fundo Financeiro. Este, criado para servidores que ingressaram após 2005, é superavitário em mais de R$ 1 bilhão e reúne contribuições de servidores que se aposentarem a partir de 2025.
De acordo com o presidente do Conselho Previdenciário do Estado, Nereu Linhares, os servidores estaduais são contra a unificação dos fundos porque autoriza o Estado sacar dinheiro que seria utilizado no futuro. “O servidor não pode aceitar isso. O Governo está tirando a garantia de que ele vai receber no futuro”, explicou.
Com a lei aprovada e publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado, resta aos servidores tentar derrubar a validade da legislação por via judicial. Para isto, os sindicatos procuraram o MP-RN e TCE. O próprio Linhares esteve ontem na sede do Tribunal de Contas e falou com o Procurador-geral do Ministério Público junto ao TCE (MPjTCE), Luciano Ramos. Apesar do recesso no órgão, o procurador se prontificou em conversar com os servidores estaduais na próxima segunda-feira (22). Também ontem, Nereu esteve com um representante do MPRN.
O coordenador-secretário do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai-RN), Santino Arruda, confirmou que as assessorias jurídicas dos demais sindicatos estudam qual peça jurídica será formalizada para tentar barrar a lei de unificação dos fundos. “O entendimento é de que a Justiça deve acatar nosso pedido de suspensão dessa lei absurda”, contou. Arruda informou ainda que será realizada uma assembléia geral com os servidores na próxima segunda-feira, às 10h, na sede do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (Sindsaúde-RN).
Nenhum comentário:
Postar um comentário