Diante das dificuldades financeiras e da
instabilidade institucional que abalam o Rio Grande do Norte nos dias atuais,
eu disse recentemente ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo
Alves (PMDB), que não tenho pena de quem vai perder a eleição deste ano, e sim
de quem vai ganhar.
Henrique, candidato
ao governo estadual, sorriu e concordou. "Se ganhar, eu terei de agir
rápido, na primeira semana, nos primeiros dias. Antes de assumir, se puder. Já
estou preocupado com isso e vou agir imediatamente", comentou o
parlamentar.
Não é para menos. Seja quem for o vencedor, o
futuro governador (a) terá um grande abacaxi para descascar. Só a saúde vai
deixar uma dívida de R$ 96 milhões em restos a pagar.
Ao município de
Natal, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) admite dever quase R$ 24
milhões. O município fala em valores da ordem de R$ 40 milhões.
Por conta deste
números, o Fórum da Saúde, realizado ontem (8) na OAB, levantou a possibilidade
de suspensão do pagamento do governo à OAS, que construiu a Arena das Dunas.
Segundo relato da Tribuna
do Norte neste
sábado (9), a construtora baiana recebeu R$ 62 milhões até julho. Já a Sesap
deixou de receber, do OGE, R$ 59,5 milhões.
A suspensão dos
pagamentos à OAS pode abrir precedente perigoso para o Estado. Um calote da
dívida com a construtora pode fechar as portas do crédito junto ao governo
federal e às instituições financeiras nacionais e internacionais.
Sem capacidade de
investimento, que beira hoje apenas 4% da receita estadual, o RN depende muito
do crédito externo. Sem ele, o Estado quebra. Afinal, o governo hoje não
consegue sequer pagar integralmente a folha dos servidores em dia.
Neste mundo
globalizado de meu Deus, o Estado do Rio Grande do Norte está proibido de
pronunciar a palavra calote.
Fonte: http://www.nominuto.com/
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