Dilma
oferece mais R$ 701 milhões para financiar porto cubano
Ao lado do
ditador cubano, Raúl Castro, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira
um crédito adicional de US$ 290 milhões (R$ 701 milhões) do BNDES para a zona
econômica especial do porto de Mariel.
O Brasil já
forneceu um crédito de US$ 802 milhões (R$ 1,88 bilhão) para a construção do
porto que foi inaugurado hoje por Dilma, Raúl Castro, Nicolás Maduro
(Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e outros.
Do montante
total, US$ 682 milhões (R$ 1,6 bilhão) foram entregues à Odebrecht, que lidera
as obras, e outros US$ 120 milhões (R$ 282 milhões) a outras empresas
brasileiras.
Em seu discurso,
Dilma afirmou que Cuba sofre "um embargo econômico injusto" e que o
Brasil quer ser parceiro comercial de primeira ordem da ilha. Ela também
comemorou a reintegração de Cuba a organismos internacionais afirmando:
"Somente com Cuba nossa região estará completa".
O embargo
econômico dos Estados Unidos a Cuba está em vigor desde a década de 1960.
Dentre as medidas, proíbe a venda de produtos com mais de 10% de componentes
americanos para Cuba e sanciona empresas que façam comércio com Havana.
O escritor
Fernando Morais entregou aos chefes de Estado um livro que escreveu sobre a história
do porto, que trata da crise dos mísseis, dos marielitos (exilados que saíram
em massa de Cuba na década de 1980), e do atual investimento brasileiro.
"O porto fica a 130 km
da Flórida. Quando cair o embargo, será importantíssimo", disse.
O porto de Havana
está transferindo suas atividades para Mariel e passará por uma revitalização,
nos moldes de Puerto Madero, em Buenos Aires.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/
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