Foto: Tribuna do Norte (Hospital João Machado)
O
Hospital João Machado, referência para o atendimento de doentes mentais, chegou
a contar com mais de 300 leitos. Hoje, são 130 vagas (contando com os 35 do
pronto-socorro). Em Caicó, o fechamento de leitos psiquiátricos foi mais
drástico. Em 2006, o Hospital Milton Marinho, que contava com 150 vagas, fechou
as portas após denúncias de maus-tratos aos pacientes. Em contrapartida, as
unidades dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPs) não conseguem chegar a toda
população que precisa e muitos doentes ficam sem atendimento devido à falta do
serviço especializado. A portaria, publicada em 23 de dezembro de 2011,
instituiu a "Rede de Atenção Psicossocial", cuja finalidade, de
acordo com o texto apresentado, "é a criação, ampliação e articulação
de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito
do SUS". A decisão do MS divide a opinião de psiquiatras. O ponto de
discordância é, especialmente, com relação ao fechamento de vagas em hospitais
psiquiátricos sem que seja colocado um serviço adequado de suporte aos
pacientes e suas famílias. Hoje, o RN possui 718 leitos de internamentos,
quatro vezes menos que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde. E os 35
CAPs que funcionam na Capital e interior, nem sempre possuem estrutura
necessária.
Fonte:
Tribuna do Norte
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