SOS CANGUARETAMA

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

CAÇA AO CARAMUJO AFRICANO EM VILA FLOR

A Secretaria do Meio Ambiente em parceria com as Secretarias de Saúde, Educação e Obras, realizaram na tarde dessa segunda-feira, um mutirão para capturar e eliminar o Caramujo Africano que vem se proliferando pelo município de Vila Flor.
Como sempre os maiores parceiros foram os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Endemias, presença constante em todos os momentos importantes e relevantes para a população.
A busca foi realizada nas ruas que apresentavam maiores incidências dos moluscos, de acordo com um monitoramento realizado dias antes, a equipe teve como constatar a gravidade da situação, a população foi convocada, mas poucos se dispuseram a ajudar, nem mesmo aqueles que tanto criticaram as ações por parte do governo apareceram. Falar é fácil, dificil é fazer!
 Após a captura, os moluscos são eliminados com sal e cal virgem, logo em seguida são incinerados, os cuidados na captura e manipulação foram seguidos rigorosamente, os membros da equipe foram munidos de luvas, mascaras e sacos plasticos.
Na próxima quarta-feira, a equipe do PSE (Programa de Saúde na Escola), irá realizar palestras educativas nas escolas para evitar que crianças e adolescentes tenham contato com os moluscos, pois esses animais são transmissores de diversas doenças.
Os mutirões serão frequentes, a intenção é evitar a proliferação dos animais.

Caramujo-gigante-africano: transmissor de doenças

O caramujo-gigante-africano, Achatina fulica, é um molusco oriundo da África. Ele também é chamado de acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano ou rainha-da-África.
Esse animal pode pesar 200 gramas, e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura. Sua concha é escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso, sua borda é cortante. Foi introduzido ilegalmente em nosso país na década de 80, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais. Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie acabou não sendo bem-aceita entre os consumidores, e também proibida pelo IBAMA, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.
Sem predadores naturais, tal fator, aliado à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal, permitiram com que esse caramujo se adaptasse bem a diversos ambientes, sendo hoje encontrado em 23 estados. Só para se ter uma ideia, em um único ano, o mesmo indivíduo é capaz de dar origem a aproximadamente 300 crias.
Além de destruírem plantas nativas e cultivadas, alimentando-se vorazmente de qualquer tipo de vegetação, e competir com espécies nativas – inclusive alimentando-se de outros caramujos; tais animais são hospedeiros de duas espécies de vermes capazes de provocar doenças sérias. Felizmente, não foram registrados casos em que essa doença, em nosso país, tenha sido transmitida pelo caramujo-gigante.
São elas:
- Angiostrongylus costaricensis: responsável pela angiostrongilose abdominal, doença que provoca perfuração intestinal, de sintomas semelhantes aos da apendicite;
- Angiostrongylus cantonensis: responsável pela angiostrongilíase meningoencefálica, de sintomas variáveis, mas muitas vezes fatal.

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