Trabalhadores se manifestam contra denúncias de
trabalho escravo no McDonald’s
Representantes
de sindicatos de 20 países reuniram-se na Avenida Paulista e fizeram passeata
contra irregularidades
Representantes
de sindicatos de 20 países reuniram-se na Avenida Paulista e fizeram passeata
contra irregularidades
Cerca
de 1,3 mil representantes de sindicatos de trabalhadores de 20 países se
reuniram na manhã desta terça-feira (18), no vão-livre do Museu de Arte de São
Paulo (Masp), na Avenida Paulista, em ato de apoio às denúncias de empregados
contra a rede de lanchonetes McDonald’s.
De acordo com sindicalistas do Sinthoresp, que representa
funcionários do setor de Fast-Food, a empresa tem descumprido em larga escala,
e por todo o mundo, leis trabalhistas básicas. Em alguns casos, as
irregularidades chegam a se enquadrar no que se entende hoje como situação
análoga à escravidão. “O principal ponto é que verificamos que na empresa se
tem se tem um modelo de irregularidades, se tem uma constatação de que
isso ocorre em escala global”, explicou Antônio Carlos Lacerda, gerente do
departamento jurídico do Sinthoresp.
“[O Mc Donald's] É o pior exemplo de uma relação de
trabalho, de descuidado na relação com o trabalhador, do Brasil. E, agora,
como pudemos ver, do mundo”, completou, listando uma série de irregularidades
que vão da prática de salários abaixo do mínimo e do emprego de jovens em
trabalhos considerados insalubres.
Na comitiva há representantes de Espanha, Itália,
Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Japão,
Filipinas, El Salvador, Colômbia, Argentina, Panamá, República Dominicana,
Chile, Argentina, Estados Unidos e França.
“Todos vão ouvir o eco sobre o trabalho escravo e o
desrespeito do Mc Donald’s. Nós não vamos recuar.Temos outros países nos
apoiando porque eles exploram onde estão porque querem ganhar onde podem”,
disse o diretor jurídico da Nova Central Sindical, Elísio Ribeiro.
Procurada pela reportagem, a Arco
Dourados, operadora do Mc Donald’s na América Latina, esclareceu que tem
convicção do cumprimento da legislação brasileira desde o início das operações
no País, há 36 anos.
“A empresa tem orgulho de ser a porta de entrada de
milhares de jovens no mercado de trabalho. Nossas práticas laborais são
premiadas e reconhecidas pelo mercado. Foi pioneira na implementação do ponto
eletrônico e recebeu o selo ‘Primeiro Emprego’ do Ministério do Trabalho”, diz
trecho da nota, que destacava o prêmio de 13ª Melhor Empresa para
Trabalhar pelo Great Place to Work, recebido nesta segunda-feira (17).
Os participantes fizeram uma passeata até uma loja da
rede de fast-food na Avenida Paulista. O manifesto ocorre paralelamente à um
congresso, iniciado nesta segunda-feira (17), para discutir o assunto.
Já nesta quarta-feira (19), a comitiva parte para Brasília
para participar de uma audiência pública, convocada pelo senador Paulo
Paim (PT-RS).
Fonte: http://jornaldehoje.com.br/ (IG)
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