DEPUTADOS DO PP COLOCARAM
PROPINA EM GARRAFA DE CACHAÇA, DIZ PF
FOLHA – A Polícia Federal enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um
relatório atestando que os deputados Luis Fernando Farias (PP-MG) e José Otávio
Germano (PP-RS) pagaram propina à diretoria da Petrobras em troca de benefícios
à empresa Fidens Engenharia.
O documento, entregue no Supremo
na quarta (19), é o primeiro parecer conclusivo da PF relativo os inquéritos
abertos para investigar a atuação de parlamentares no esquema de desvios da
estatal. A informação foi divulgada pelo site da revista “Época”.
De acordo com o relatório
da PF, em 2010, Farias e Germano desembolsaram R$ 200 mil ao ex-diretor de
Abastecimento Paulo Roberto Costa para que a Fidens pudesse renovar o
certificado que permitia a empresa se inscrever nas licitações da Petrobras.
Os parlamentares guardaram
o dinheiro, em espécie, dentro de uma garrafa de cachaça e a entregaram a Costa
no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro.
A condição da construtora
foi regularizada e ela pode participar das concorrências. Venceu três delas em
2010 –uma para atuar na obra de terraplanagem da Refinaria Premium 1, no
Maranhão– e outras duas em 2011.
A PF recolheu provas da
relação entre os deputados e um executivo da Fidens com Paulo Roberto Costa.
Entre elas está o comprovante de reserva de um quarto duplo no Hotel Fasano na
data do pagamento, em setembro de 2010.
Além disso, os
investigadores identificaram reuniões de Costa com os parlamentares, inclusive
na sede da Petrobras, no Rio, e com o presidente da Fidens, entre 2008 e 2010,
no prédio da estatal.
Os policiais também
coletaram registro de entrada da Luiz Fernando Ramos no edifício onde
funcionava uma das empresas de Youssef, em São Paulo, em 2011.
CONFISSÃO
A PF partiu de informações
do prestadas pelo próprio Paulo Roberto Costa em seus depoimentos do acordo de
delação premiada firmado com o Ministério Público.
No dia 2 de setembro do
ano passado, Costa relatou o lobby dos parlamentares em favor da Fidens
Engenharia e admitiu ter recebido os R$ 200 mil em propina no hotel do Rio.
O ex-diretor contou, na
ocasião, ter entendido o pagamento como uma espécie de “agradecimento” dos
deputados pelos resultados da Fidens, já que, segundo ele, não influenciou na
contratação da empresa.
Fonte:
http://www.opotiguar.com.br/
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