Ricardo Motta afirma que não sabia de desvios na AL
O deputado estadual Ricardo Motta (PROS) negou, através de
nota oficial enviada ontem, à redação da TRIBUNA DO NORTE, qualquer
conhecimento prévio das investigações do Ministério Público sobre o esquema de
desvio de verbas da Assembleia Legislativa através de cheques-salário.
Presidente do Legislativo no período de fevereiro de 2011 a janeiro de 2015,
Motta assegura, na nota, que “sempre esteve a par dos assuntos administrativos
da instituição”. Ele afirma que o interesse na reunião de um ano atrás na qual,
segundo o Ministério Público, estava sendo traçada uma estratégia comum para
obstacular as investigações foi motivada porque, “com certeza, ali se
tratava de questões institucionais, sem qualquer vinculação com as
investigações do Ministério Público então em curso, e atualmente objeto do
noticiário.”
De acordo com os promotores Keiviany Silva de Sena, Hellen de
Macêdo Maciel, Hayssa Kyrie Medeiros Jardim e Paulo Batista Lopes Neto, que
investigam o caso e assinaram o documento encaminhado à Justiça, a reunião
referida foi realizada nas dependências da Assembleia Legislativa no dia 20 de
agosto do ano passado e contou com a presença, além da procuradora Rita das
Mercês Reinaldo; do ex-secretário financeiro da Casa, Rodrigo Marinho; da chefe
do Núcleo de Administração e Pagamento de Pessoa, Marlúcia Maciel, e do gerente
da agência do banco Santander da AL, Oswaldo Ananias.. O grupo teria,
ainda segundo o MP, recebido do jurista Paulo de Tarso Fernandes, consultor
jurídico especial da presidência do Poder Legislativo, orientações de como
montar uma estratégia comum para que os servidores intimados respondessem às
investigações da Promotoria do Patrimônio Público.
O nome do deputado Ricardo Motta é citado, na petição dos procuradores à Justiça, com o pedido de prisão, afastamento das funções e sequestro de bens dos acusados, porque após essa reunião uma ligação telefônica entre ele e a procuradora Rita das Mercês Reinaldo foi interceptada. Na conversa, o deputado quer saber do resultado da reunião e recebe a informação de que “Tá tudo tranquilo. Paulo é tranquilo né, já acalmou aqui...tá mais tranquilo”. O deputado, ainda na conversa, lamenta que “é problema demais, onde a gente se vira bronca!”. E após perguntar se “vai dá tudo certo?”, avisa que vai dar “uma passadinha” na Assembleia para se encontrar com Paulo de Tarso.
Ricardo Motta nega, na nota, que tivesse conhecimento prévio da investigação do Ministério Público Estadual e considera “afrontosa” à sua honra qualquer afirmação sobre “ajudar quem possa à Instituição ter causado prejuízo.”
Fonte: http://jornaldehoje.com.br/O nome do deputado Ricardo Motta é citado, na petição dos procuradores à Justiça, com o pedido de prisão, afastamento das funções e sequestro de bens dos acusados, porque após essa reunião uma ligação telefônica entre ele e a procuradora Rita das Mercês Reinaldo foi interceptada. Na conversa, o deputado quer saber do resultado da reunião e recebe a informação de que “Tá tudo tranquilo. Paulo é tranquilo né, já acalmou aqui...tá mais tranquilo”. O deputado, ainda na conversa, lamenta que “é problema demais, onde a gente se vira bronca!”. E após perguntar se “vai dá tudo certo?”, avisa que vai dar “uma passadinha” na Assembleia para se encontrar com Paulo de Tarso.
Ricardo Motta nega, na nota, que tivesse conhecimento prévio da investigação do Ministério Público Estadual e considera “afrontosa” à sua honra qualquer afirmação sobre “ajudar quem possa à Instituição ter causado prejuízo.”
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