MP vai investigar
repressão policial
Curitiba
(ABr/AE) - O Ministério Público do Paraná instaurou ontem procedimento para
investigar as responsabilidades por eventuais excessos de policiais na
repressão aos professores na manifestação em Curitiba, na quarta-feira, em que
quase 200 pessoas ficaram feridas. Os promotores querem ouvir as pessoas
envolvidas na manifestação e analisar as imagens do protesto. Dez pessoas já
prestaram depoimento. Como muitos professores saíram de cidades do interior
paraense, comarcas locais serão usadas para identificar e ouvir os
manifestantes. A medida ocorre menos de 24 horas depois da ação policial, ontem,
para conter um protesto de servidores, a maioria professores. O conflito
resultou em pelo menos 170 manifestantes e 20 policiais feridos.
“Esse evento mancha a história do Paraná e o estado democrático de direito. Nós jamais imaginamos que pudéssemos vivenciar o que aconteceu na Assembleia Legislativa, aquela verdadeira batalha campal”, disse o procurador de Justiça Paulo Sérgio Markowicz de Lima, um dos encarregados pela investigação.
“Esse evento mancha a história do Paraná e o estado democrático de direito. Nós jamais imaginamos que pudéssemos vivenciar o que aconteceu na Assembleia Legislativa, aquela verdadeira batalha campal”, disse o procurador de Justiça Paulo Sérgio Markowicz de Lima, um dos encarregados pela investigação.
Segundo
o também procurador de Justiça Eliezer Gomes da Silva, ainda é cedo para
identificar responsabilidades, mas há indícios de excessos da polícia durante a
ação. “Outras manifestações foram feitas e com um movimento muito grande de
pessoas e nada disso aconteceu. Temos que reconhecer que, no mínimo, fugiu do
padrão de resultados, inclusive experimentados no Paraná em manifestações
recentes”.
Silva acrescentou que a investigação quer saber se houve atentado ao direito de livre manifestação. Ele disse que ainda não é possível dizer se, entre os manifestantes, estariam integrantes de movimentos black blocs, alegação do governo estadual. “Dizer se tinha ou não black blocs, só uma apuração séria, serena poderia afirmar”.
A violenta repressão policial levou a greve dos professores para Brasília. Ontem, a presidente Dilma Roussef repudiou a violência em protestos. "As manifestações dos trabalhadores são legítimas e temos que estabelecer o diálogo sem violência", disse, durante reunião com líderes de centrais sindicais, em Brasília. Sem citar especificamente o caso do Paraná, que é administrado pelo tucano Beto Richa, Dilma afirmou que é preciso conviver com a diferença e reforçou que o único caminho para construir consenso é o diálogo. "Para construir consenso e evitar a violência o único caminho existente é o caminho do diálogo", disse.
No Senado, a Comissão de Direitos Humanos lançou nota de repúdio à violência policial no Paraná. A nota, assinada pelo presidente da comissão, o senador Paulo Paim (PT/RS), faz críticas ao governador Beto Richa. "Foram cenas de horror que aconteceram em virtude da incapacidade de gerenciamento da situação por parte do comando da Polícia Militar local, e de seu comandante maior, o governador do Estado do Paraná, Beto Richa", diz o texto.
A CDH aprovou também a realização de uma audiência pública, a ser realizada no próximo dia 6, para debater os excessos cometidos pela Polícia Militar do Estado. Além do governador tucano, serão convidados a participar o secretário de Segurança, Francisco Francischini, e outras autoridades paranaenses.
A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados anunciou nesta tarde que vai protocolar na próxima semana uma representação contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), na Procuradoria-Geral da República. O partido pedirá à PGR que investigue as responsabilidades penal, civil e administrativa dos envolvidos, em especial do governador tucano, na repressão aos professores no Estado.
Fonte: Tribuna do
NorteSilva acrescentou que a investigação quer saber se houve atentado ao direito de livre manifestação. Ele disse que ainda não é possível dizer se, entre os manifestantes, estariam integrantes de movimentos black blocs, alegação do governo estadual. “Dizer se tinha ou não black blocs, só uma apuração séria, serena poderia afirmar”.
A violenta repressão policial levou a greve dos professores para Brasília. Ontem, a presidente Dilma Roussef repudiou a violência em protestos. "As manifestações dos trabalhadores são legítimas e temos que estabelecer o diálogo sem violência", disse, durante reunião com líderes de centrais sindicais, em Brasília. Sem citar especificamente o caso do Paraná, que é administrado pelo tucano Beto Richa, Dilma afirmou que é preciso conviver com a diferença e reforçou que o único caminho para construir consenso é o diálogo. "Para construir consenso e evitar a violência o único caminho existente é o caminho do diálogo", disse.
No Senado, a Comissão de Direitos Humanos lançou nota de repúdio à violência policial no Paraná. A nota, assinada pelo presidente da comissão, o senador Paulo Paim (PT/RS), faz críticas ao governador Beto Richa. "Foram cenas de horror que aconteceram em virtude da incapacidade de gerenciamento da situação por parte do comando da Polícia Militar local, e de seu comandante maior, o governador do Estado do Paraná, Beto Richa", diz o texto.
A CDH aprovou também a realização de uma audiência pública, a ser realizada no próximo dia 6, para debater os excessos cometidos pela Polícia Militar do Estado. Além do governador tucano, serão convidados a participar o secretário de Segurança, Francisco Francischini, e outras autoridades paranaenses.
A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados anunciou nesta tarde que vai protocolar na próxima semana uma representação contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), na Procuradoria-Geral da República. O partido pedirá à PGR que investigue as responsabilidades penal, civil e administrativa dos envolvidos, em especial do governador tucano, na repressão aos professores no Estado.
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