SOS CANGUARETAMA

SOS CANGUARETAMA

sábado, 2 de maio de 2015

COVARDE!!!

MP vai investigar repressão policial
Curitiba (ABr/AE) - O Ministério Público do Paraná instaurou ontem procedimento para investigar as responsabilidades por eventuais excessos de policiais na repressão aos professores na manifestação em Curitiba, na quarta-feira, em que quase 200 pessoas ficaram feridas. Os promotores querem ouvir as pessoas envolvidas na manifestação e analisar as imagens do protesto. Dez pessoas já prestaram depoimento. Como muitos professores saíram de cidades do interior paraense, comarcas locais serão usadas para identificar e ouvir os manifestantes. A medida ocorre menos de 24 horas depois da ação policial, ontem, para conter um protesto de servidores, a maioria professores. O conflito resultou em pelo menos 170 manifestantes e 20 policiais feridos.
“Esse evento mancha a história do Paraná e o estado democrático de direito. Nós jamais imaginamos que pudéssemos vivenciar o que aconteceu na Assembleia Legislativa, aquela verdadeira batalha campal”, disse o procurador de Justiça Paulo Sérgio Markowicz de Lima, um dos encarregados pela investigação.
Segundo o também procurador de Justiça Eliezer Gomes da Silva, ainda é cedo para identificar responsabilidades, mas há indícios de excessos da polícia durante a ação. “Outras manifestações foram feitas e com um movimento muito grande de pessoas e nada disso aconteceu. Temos que reconhecer que, no mínimo, fugiu do padrão de resultados, inclusive experimentados no Paraná em manifestações recentes”.
Silva acrescentou que a investigação quer saber se houve atentado ao direito de livre manifestação. Ele disse que ainda não é possível dizer se, entre os manifestantes, estariam integrantes de movimentos black blocs, alegação do governo estadual. “Dizer se tinha ou não black blocs, só uma apuração séria, serena poderia afirmar”.
A violenta repressão policial levou a greve dos professores para  Brasília. Ontem, a presidente Dilma Roussef repudiou a violência em protestos. "As manifestações dos trabalhadores são legítimas e temos que estabelecer o diálogo sem violência", disse, durante reunião com líderes de centrais sindicais, em Brasília. Sem citar especificamente o caso do Paraná, que é administrado pelo tucano Beto Richa, Dilma afirmou que é preciso conviver com a diferença e reforçou que o único caminho para construir consenso é o diálogo. "Para construir consenso e evitar a violência o único caminho existente é o caminho do diálogo", disse.
No Senado, a Comissão de Direitos Humanos  lançou  nota de repúdio à violência policial no Paraná. A nota, assinada pelo presidente da comissão, o senador  Paulo Paim (PT/RS), faz críticas ao governador  Beto Richa. "Foram cenas de horror que aconteceram em virtude da incapacidade de gerenciamento da situação por parte do comando da Polícia Militar local, e de seu comandante maior, o governador do Estado do Paraná, Beto Richa", diz o texto.
A CDH aprovou também a realização de uma audiência pública, a ser realizada no próximo dia 6, para debater os excessos cometidos pela Polícia Militar do Estado. Além do governador tucano, serão convidados a participar o secretário de Segurança, Francisco Francischini, e outras autoridades paranaenses.
A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados anunciou nesta tarde que vai protocolar na próxima semana uma representação contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), na Procuradoria-Geral da República. O partido pedirá à PGR que investigue as responsabilidades penal, civil e administrativa dos envolvidos, em especial do governador tucano, na repressão aos professores no Estado.
Fonte: Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Postagens antigas