Presidente
Dilma expõe descontrole da crise com caminhoneiros
Presidente
afirmou que o Executivo tem se esforçado para resolver o problema, mas não
apresentou qualquer novidade sobre a paralisação
A
presidente Dilma Rousseff se pronunciou nesta quinta-feira pela primeira vez
sobre a greve dos caminhoneiros – e tornou mais evidente o descontrole do
governo sobre a crise. Depois de participar da cerimônia de lançamento do
programa Bem Mais Simples, no Palácio do Planalto, ela afirmou que o Executivo
tem se esforçado para resolver o problema, mas não apresentou qualquer novidade
sobre a paralisação, que dura mais de uma semana em algumas partes do Brasil.
“O governo está fazendo todo um esforço na questão da
resolução da greve. Nós apresentamos, junto com várias lideranças e empresários
que foram consultados e avaliados, um conjunto de propostas. Esse conjunto de
propostas foi divulgado pelos órgãos de comunicação e a gente tem visto que
elas têm tido uma recepção. Aguardamos. Os ministros responsáveis estão todos
em atividade trabalhando essas propostas”, disse a presidente, na única
resposta que deu sobre o tema.
Apesar do acordo anunciado na noite desta quarta-feira
pelo governo e sindicatos de caminhoneiros, os bloqueios persistem em boa parte
do país. O protesto não foi organizado por entidades sindicais. O principal
porta-voz do movimento, o caminhoneiro Ivar Schmidt, se reuniu com o ministro
da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, mas rejeitou a oferta do
governo – que não aceita reduzir, mesmo que temporariamente, o valor do diesel.
A expectativa é que as conversas continuem nesta
quinta-feira.
A fala de Dilma se deu após o lançamento do Bem Mais
Simples, programa que tem como objetivo agilizar os procedimentos para a
criação de empresas. Por ora, a única mudança será a possibilidade de
encerramento do CNPJ de forma imediata, por meio de um site criado pelo
governo. Os eventuais débitos da companhia serão transferidos para o CPF dos proprietários.
O objetivo do governo é que, em junho, seja possível criar uma empresa em cinco
dias. Hoje, de acordo como próprio Executivo, o procedimento leva em média 102
dias.
Fonte: VEJA
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