Justiça
condena ex-prefeito de Pedro Velho a mais de 5 anos de reclusão
Elizeu
Jalmir de Macedo, de Pedro Velho, foi condenado em ação do MPF
O
ex-prefeito de Pedro Velho, Elizeu Jalmir de Macedo, foi condenado pela Justiça
Federal por ter ocultado diversos documentos da Prefeitura da cidade. O
processo foi resultante de uma ação do Ministério Público Federal, após
investigação sobre o sumiço de documentos referentes a receitas e despesas de
verbas federais repassadas ao Município, além de extratos bancários, convênios
e todos os documentos relativos às prestações de contas dos recursos recebidos
da União entre 2007 e 2009.
Pela condenação, Elizeu Jalmir de Macedo foi condenado a
cinco anos e três meses de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, além de
pagamento de multa. Elizeu Jalmir governou Pedro Velho de 2005 até o final de
2009, quando teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral. Durante as
investigações, testemunhas confirmaram que os documentos referentes aos anos de
2007, 2008 e 2009 desapareceram do arquivo da prefeitura e até informações nos
computadores foram apagadas.
A Controladoria Geral da União, em fiscalização realizada
no município em 2010, não encontrou quaisquer dos documentos necessários a
comprovar os gastos efetuados pelo ex-prefeito, com recursos federais, nesses
três anos. “Assim sendo, não há dúvidas que a documentação, anteriormente
constante do arquivo da prefeitura, foi suprimida, sendo certo que a própria
defesa não contestou este fato”, reforça a sentença do juiz federal Francisco
Eduardo Guimarães.
Além disso, um mandado judicial resultou na apreensão, na
casa do ex-gestor, de vários documentos relacionados à Prefeitura de Pedro
Velho, que não poderiam estar em sua posse. O próprio Elizeu Jalmir se
contradisse em seus depoimentos, afirmando no primeiro momento que parte da
documentação estaria em poder do contador, enquanto seis dias depois garantiu
que todos os documentos ficaram na prefeitura.
“A simples análise do mandado de busca e apreensão
cumprido é suficiente para se concluir que o autor do delito foi, sem dúvida, o
acusado, uma vez que os documentos originais foram, de fato, encontrados em sua
casa. Entretanto, para potencializar ainda mais a referida conclusão, houve a
coleta de conversas telefônicas, por meio de monitoração legalmente autorizada,
em que o acusado e sua família trocam informações que, indubitavelmente,
concernem aos documentos ocultos pelo réu”, ressalta o magistrado.
Nas conversas interceptadas, Elizeu Jalmir fala a
parentes e amigos sobre esconder documentos em diferentes lugares, como um
sítio em São Rafael, na casa de amigos, ou na sala de um escritório em Natal.
Reclama ainda de um ex-assessor que entregou parte dos documentos. O
ex-prefeito ainda poderá recorrer da sentença.
Fonte:
http://jornaldehoje.com.br/
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