Dilma nega ter opinado sobre reajuste de combustíveis
SÃO
PAULO, 2 Nov (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff negou que tenha emitido
opinião a respeito de mecanismos de reajustes de preços de combustíveis, depois
de reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo neste sábado ter
afirmado que a presidente avalizou a concessão de um "gatilho" para
reajustar os preços dos derivados de petróleo "duas ou três vezes por
ano".
Comunicado emitido pela assessoria da Presidência da
República afirma que as informações são "infundadas".
"De fato, nenhum documento sobre esse tema
sequer chegou à Presidência da República. É, portanto, especulação todas as
reportagens que apontam sobre definição de assunto não discutido",
informou a assessoria da presidência.
A reportagem afirmava que o objetivo do gatilho seria
garantir "previsibilidade" aos planos de negócios da Petrobras,
atribuindo a informação a um auxiliar presidencial.
Segundo o jornal, o apoio da presidente ao plano da
empresa representaria uma vitória da presidente da Petrobras, Maria das Graças
Foster, na disputa em torno do tema com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Mas "a medida aprovada por Dilma, segundo o
Palácio do Planalto, será calibrada em detalhe para tentar não pressionar a
inflação, ainda a principal preocupação macroeconômica da presidente",
disse o jornal.
No final de outubro, a diretoria da Petrobras
submeteu ao Conselho de Administração da companhia uma nova política de preços
que prevê reajustes automáticos e periódicos de combustíveis.
A metodologia deverá ser aprovada ou rejeitada até 22
de novembro, quando está prevista a próxima reunião dos conselheiros, segundo a
Petrobras.
A Petrobras anunciou parâmetros da metodologia, mas
não detalhou como ela vai funcionar.
A metodologia deve contemplar reajustes automáticos
dos combustíveis, mas impedirá o repasse da volatilidade dos preços
internacionais ao consumidor doméstico, disse a companhia nesta semana.
A companhia explicou que a metodologia vai considerar
variáveis como o preço de referência de derivados no mercado internacional,
câmbio e ponderação sobre a origem do produto vendido, se refinado no Brasil ou
importado. A periodicidade dos reajustes ainda será definida, segundo a nota da
Petrobras do último dia 30.
Fonte:
http://economia.uol.com.br
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