Servidores do INSS e dos ministérios
da Saúde e do Trabalho entram em greve no RN
Servidores federais dos ministérios da Previdência Social, do
Trabalho e da Saúde no Rio Grande do Norte vão entrar em greve, por tempo
indeterminado, a partir desta terça-feira (7). Com a paralisação desses
analistas e técnicos da União, fica suspensa a maior parte dos atendimentos do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e das agências
regionais do Trabalho no Estado.
A greve dos servidores é
motivada por cinco reivindicações principais. São elas: a reposição salarial em
conformidade com a inflação, a incorporação de gratificações, a paridade entre
ativos e inativos, a realização de concurso público para repor o quadro
funcional e a regulamentação das 30 horas da jornada de trabalho para todos da
categoria. O Governo Federal apresentou proposta de reajuste inferior ao valor
das perdas salariais e ainda com a condição de ser concedido ao longo de quatro
anos.
De acordo com a
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Previdência, Saúde e
Trabalho do Estado (Sindprevs-RN), servidora Fátima Caldas, a decisão pela
paralização foi acordada em assembleia pela categoria e acompanha um movimento
nacional. “Há uma tentativa antiga de diálogo com o Governo Federal, mas o
assunto nunca fui tratado com prioridade pelo Executivo. Apenas dois estados do
país não aderiram à paralisação, Goiás e Amazonas”, conta a presidente.
O início da greve
no RN será marcado por uma audiência pública na Câmara Municipal de Natal às 9h
e ato público às 11h, em frente a central do INSS de Natal, localizada na Rua
Apodi, no bairro de Tirol, ambos nesta terça-feira (7). Oportunidades em que os
servidores vão dar ciência à sociedade da paralização e apresentar publicamente
as suas razões. “Vamos respeitar a manutenção do mínimo de 30% dos serviços
essenciais, já que o objetivo da greve é chamar a atenção do Governo e não
prejudicar a população”, esclarece Fátima. No caso do INSS, algumas agências
vão funcionar internamente, mantendo apenas os atendimentos considerados
urgentes.
O Sindicato afirmou que
pretende mobilizar a categoria para ter um movimento paredista de pelo menos
70% dos servidores da sua base e informa que a greve tende a ser crescente em
todo o país caso o Governo Federal não retroceda e negocie.
A última grande greve nacional
dos servidores do INSS aconteceu no ano de 2009, quando os analistas e técnicos
do Instituto paralisaram as atividades por mais de 28 dias. No Rio Grande do
Norte, existem mais de 30 agências do Instituto. A paralização da categoria
significa, entre outras coisas, a suspensão dos atendimentos de aposentadoria,
pensões e benefícios assistenciais, sem data para retorno, em todas as agências
de Natal e do interior do Estado.
Fonte:
http://jornaldehoje.com.br/
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