SOS CANGUARETAMA

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

SEMANA SANTA ANTECIPADA

Imagem: Tribuna do Norte

A Páscoa é só no final de março, mas muitas empresas locais já fizeram seus pedidos e iniciaram as negociações com os fornecedores. A expectativa é que produtos como ovos de chocolate e vinhos cheguem as lojas nos próximos 15 dias. Em alguns supermercados, a estrutura para exposição dos itens já está sendo montada. O consumidor deve se preparar: encontrará nas prateleiras preços mais salgados este ano, antecipa a Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn).
O pescado, por exemplo, ficará até 20% mais caro, segundo estimativa do Sindicato da Indústria da Pesca no RN. O aumento é motivado pela maior procura neste período. "Aumenta a procura, diminui a oferta e sobe o preço", explica Arimar França Filho, empresário do setor e vice-presidente do Sindicato.
A Assurn prefere não fixar um percentual e diz que está cedo para fazer qualquer projeção. "Só não esperamos grandes reajustes", afirma Eugênio Medeiros, empresário do ramo supermercadista e membro da diretoria da Associação dos Supermercados. 
Os supermercados, segundo Eugênio Medeiros, que também é economista, esperam vender 10% mais do que venderam no mesmo período do ano passado. Com relação ao pescado, a previsão é triplicar as vendas, considerando o comercializado no mês anterior à Páscoa. 
Para atender a demanda, alguns empresários já começaram a reforçar o estoque. João Neto comercializa pescado há 30 anos no Mercado do Peixe, próximo ao Canto do Mangue, e diz que a oferta de pescado no seu guichê subirá em 50%. A expectativa é que as vendas aumentem em 10% no período, "mas nos preparamos para vender um pouco mais, não podemos deixar o cliente na mão", justifica. 
Entre os peixes mais vendidos por João Neto estão a cioba e o robalo. O quilo de pescado no guichê dele varia entre R$ 15 e R$ 20, dependendo da espécie. O peixe comercializado por João Neto é capturado no próprio Rio Grande do Norte e vai parar na mesa de consumidores como Eugênio Pascelle, coordenador de planejamento numa firma. O pai de Eugênio consome pescado todos os finais de semana. Eugênio já se acostumou com a ida ao Mercado do Peixe e às peixarias, mas não com o preço. "O preço está sim mais salgado. Antes eu comprava um quilo de cioba por R$ 13. Hoje pago cerca de R$ 18 pelo quilo". 
Enquanto os potiguares projetam um aumento de 20% no preço do pescado na Semana Santa, os cearenses esperam um reajuste de 30%. Entre as razões para o aumento no Ceará, estão a estiagem, que reduziu o nível dos reservatórios; a falta de estrutura para armazenar pescado e o período do defeso do Pargo, de acordo com reportagem publicada no jornal Diário do Nordeste. O RN  importa muito do pescado que consome, o que reduz o impacto da queda do nível dos reservatórios no preço final do peixe, explica Eugênio Medeiros, da Assurn.
Fonte: Tribuna do Norte

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