Governo
estuda dar 'bolsa novela' para levar TV digital à baixa renda
Para implantar a TV digital no Brasil, o
governo estuda doar conversores digitais para a população de baixa renda, no
que já está sendo chamado de "bolsa novela".
Se adotado, o projeto, do Ministério das
Comunicações, atenderá a todos os beneficiários do Bolsa Família.
Com o leilão da frequência de 700 MHz,
previsto para o início de 2014, o Executivo pretende abandonar a TV analógica
de uma vez por todas.
Assim que a faixa que elas ocupam for
destinada à internet 4G, de alta velocidade, quem não tem uma TV digital ou o
conversor digital para conectar o televisor antigo não conseguirá assistir aos
canais da TV aberta.
"Vamos acabar com a era do bombril
na antena. A TV vai pegar melhor", afirmou à Folha o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo.
Para isso, a pasta já está fazendo um
estudo de impacto financeiro a fim de viabilizar a medida e, depois, submeter
ao crivo da presidente Dilma.
O objetivo principal é conceder
benefícios fiscais, subsídios e até facilitar crédito para a compra de
televisores digitais e conversores. Nos estratos sociais em que não houver
condições de compra, a saída pode ser bancar parte do valor ou mesmo doar o
equipamento.
Inicialmente, o "bolsa novela"
integral, com doação, atingiria apenas os usuários do programa Bolsa Família.
Enquanto TVs com tecnologia digital
custam a partir de cerca de R$ 300 (14 polegadas ), os
conversores saem, em média, por R$ 100 --R$ 25 são tributos federais e
estaduais.
O governo também estuda criar uma
política para desonerar esses conversores, o que ainda precisa ser mais bem
discutido internamente. Todos esses benefícios, se adotados, devem valer a
partir de 2015 --portanto, após o leilão da faixa 700 MHz e sua consequente
implantação.
O governo acredita que um dos bons efeitos
colaterais será o estimulo à indústria nacional desses componentes.
"Para a indústria, vai ser muito
bom, vai ter dois, três anos de venda assegurada, tanto para o setor de
radiodifusão como para o de telecomunicações", diz Bernardo.
A ideia é promover a adesão gradual por
Estado, até para evitar uma corrida ao comércio em busca por aparelhos e
conversores.
Para quem tem renda mais elevada, o
governo aposta na chegada dos grandes eventos esportivos, como Copa e
Olimpíada, como motivação para a compra de aparelhos.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário