Entre as 27 redes das unidades da federação, mais da metade não cumpre o tempo de um terço da jornada do professor para atividades de planejamento fora da sala de aula.
Levantamento
exclusivo realizado pela revista Educação junto às secretarias de educação das
27 unidades da federação brasileiras e a sindicatos dos professores revela que
cinco estados - Amapá, Amazonas, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul -
não pagavam ao docente o valor estabelecido pela Lei do Piso Salarial do
Magistério Público (Lei 11.738/2008). Os dados são referentes a dezembro de
2012, quando o vencimento básico para um docente da rede pública com formação
de ensino médio era de R$ 1.451, por uma jornada de 40 horas de trabalho
semanais.
A Lei do Piso também estabelece que um terço da jornada seja
destinado a atividades fora da sala de aula, em planejamento pedagógico ou de
atividades, por exemplo. Nesse quesito, 15 redes não cumpriam a lei federal. Em
três casos (RJ, SP e TO), ocorreu uma divergência entre o sindicato da
categoria e a secretaria de Educação do estado. Além disso, o Distrito Federal
cumpre a lei, apenas no que se refere aos professores com jornadas de 40 horas
semanais - os de 20 horas semanais têm 25% da jornada para atividades fora da
sala de aula, segundo a secretaria.
Parte dos estados que não cumprem a destinação de um terço para
jornada extraclasse está praticamente alcançando o que a lei federal determina.
É o que acontece, por exemplo, no Acre, em Pernambuco e no Piauí, que destinam
30%, e não 33%, para atividades extraclasse. No segundo, o Estatuto do
Magistério determina que esta seja a porcentagem de tempo destinada ao tempo
para planejamento pedagógico e de aulas.
No Amazonas, de acordo com o sindicato da categoria, não está
institucionalizado o tempo para planejamento, variando conforme o professor. A
Secretaria do Estado de Educação (Seduc) do Amazonas informa que um projeto de
lei será encaminhado para a Assembleia Legislativa para resolver a questão.
Na prática, a ampliação do tempo destinado à jornada extraclasse
vem sendo alvo de negociações entre os sindicatos de professores e as
secretarias estaduais de Educação em cada uma das unidades da federação. No
Paraná, por exemplo, após negociações em dezembro, os professores deverão
passar 25% do tempo fora da sala de aula.
Fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário