SOS CANGUARETAMA

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segunda-feira, 25 de março de 2013

GRANDES POTIGUARES: ALBERTO MARANHÃO



Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão nasceu em Macaíba, no dia 2 de outubro de 1872, filho de Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão e D. Feliciana Pedroza de Albuquerque Maranhão.
Os seus estudos iniciais foram realizados, primeiro, em Macaíba e, depois, em Natal. Mais tarde, foi para Recife, onde se formou em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Pernambuco, no dia 8 de dezembro de 1892, com 20 anos.
Alberto Maranhão se casou com D. Inês Barreto. Teve seis filhos: Paula, Laura, Judite, Juvino, Cleanto e Caio.
Segundo Meira Pires, "sua educação esmerada, sua formação moral, sua cultura, seu invulgar espírito (...) um largo pendor diplomático pois sabia solucionar, com finura e habilidade exemplares, as mais difíceis questões".
Participou, com brilhantismo, do "Congresso Literário", que mantinha o jornal "A Tribuna". Com outros companheiros, fundou o "Grêmio Polymathico". Dirigiu o jornal "A República", onde, como afirma Meira Pires, "teve o ensejo de reafirmar o seu invencível valor de jornalista e homem de letras escrevendo, sem assinar, crônicas, tópicos e editoriais".
Exerceu a função de promotor público em Macaíba. Ocupou o cargo de secretário de Estado na administração de Pedro Velho.
A 14 de junho de 1899, foi eleito governador do Estado, dirigindo os destinos do Rio Grande do Norte no período de 1900 a 1904.
Durante sua administração, aprovou a lei nº 145, de 6 de agosto de 1900, pela qual "é o governador autorizado a premiar livros de ciência e literatura produzidos por filhos domicialiados no Rio Grande do Norte, ou naturais de outros Estados quando neste tenham fixa e definitiva a sua residência". Essa lei promoveu o desenvolvimento cultural do Estado, constituindo-se em fato inédito no País.
No dia 24 de março de 1904, o governador inaugurou o Teatro Carlos Gomes (hoje Alberto Maranhão), com sua renda destinada para ajudar aos flagelados, vítimas da seca, que se encontravam em Natal.
Concluída sua administração, foi eleito deputado federal, e durante o exercício de seu mandato fez parte da Comissão de Diplomacia.
Em 1908 voltava a assumir o governo do Estado, realizando uma profícua administração: fundou o Conservatório de Música; o Hospital Juvino Barreto (hoje Onofre Lopes); o Derby Clube (para incentivar o hipismo), e construiu a Casa de Detenção e o Asilo de Mendicidade. Implantou a luz elétrica em Natal e, posteriormente, os bondes elétricos. Inaugurou a Escola Normal, em 3 de maio de 1908. Reconstruiu o Teatro Carlos Gomes, que atualmente tem o seu nome, dando-lhe as feições atuais e que foi entregue ao público no dia 19 de julho de 1912.
Alberto Maranhão estendeu sua ação também ao interior, como mostrar Itamar de Souza: "em São José de Mipibu, ele mandou as águas de uma fonte natural e permanente para o abastecimento d’água daquela cidade. Em Macaíba, sua terra natal, construiu o cais de atracação, melhorando assim o transporte fluvial entre aquela cidade e a capital do Estado. Em Macau, mandou fazer um aterro, numa extensão de quatro quilômetros, ligando esta cidade à estrada do sertão, à margem do rio Assu".
"Para facilitar o deslocamento de pessoas e produtos entre o sertão e as cidades portuárias, ele construiu três mil quilômetros de estradas carroçáveis em direção às cidades de Canguaretama e Natal".
O segundo governo de Alberto Maranhão surpreendeu pelo dinamismo, sendo considerado, por unanimidade, como a melhor administração durante a República Velha. Nem tudo, porém, foi positivo na segunda administração do oligarca potiguar que procurou, abertamente, imortalizar os membros de sua família. O município de Vila Flor teve o seu nome mudado para "Pedro Velho". Além dessa homenagem, mandou fazer um busto do irmão que foi colocado na "square Pedro Velho". Fazendo uma crítica ao ilustre político potiguar, disse Itamar de Souza: "Este segundo governo de Alberto Maranhão teve três características básicas: primeiro, procurou imortalizar os membros da oligarquia aponto seus nomes em municípios, repartições públicas, monumentos e praças; segundo, monopolizou importantes setores da economia estadual, favorecendo, assim, os amigos e correligionários, em detrimento do erário público; e, terceiro, realizou uma grande e inovadora administração com o dinheiro tomado emprestado no estrangeiro".
Alberto Maranhão, após deixar o governo, em 31 de dezembro de 1913, foi deputado federal, representando o seu Estado nessa função, de 1927 até 1929.
Abandonado a vida política, saiu do Rio Grande do Norte e foi morar com a família em Parati, no Rio de Janeiro.
Em 1918, publicou dois trabalhos: "Na Câmara e na Imprensa" e "Quatro discursos históricos".
Faleceu no dia 01 de fevereiro de 1944, em Angra dos Reis, sendo sepultado no outro dia, em Parati.
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br

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