Seca derruba produção e empregos
O setor sucroalcooleiro do Rio Grande do Norte enfrenta a
pior crise dos últimos 40 anos. Parte do canavial secou, em função da falta de
chuva, e a produção de cana, álcool e açúcar caiu quase pela metade na última
safra. Segundo a Associação de Plantadores de Cana do estado (Asplan), 80% da
mão de obra empregada durante a safra foi demitida. Antes da seca, o setor
dispensava metade dos funcionários para depois contratá-los. Já não se sabe
quantos retornarão aos canaviais, afirma Renato Lima, presidente da entidade.
Eduardo Farias, presidente do Grupo Farias e dono da usina
Vale Verde, em Baía Formosa, veio de São Paulo esta semana para sobrevoar o
canavial. O empresário ficou perplexo com o que viu lá de cima. Passei o dia
sobrevoando a área. Estamos na região há 40 anos. Nunca vivenciamos algo
parecido. A situação, segundo Renato Lima, da Asplan, é generalizada. O volume
de cana moída pelo estado, considerando as quatro usinas e destilarias do
RN, caiu de 3,5 milhões de toneladas para 2,2 milhões de toneladas na última
safra, em média.
Eduardo reforçou a irrigação na sua propriedade. Hoje, 12 mil dos 25 mil hectares são irrigados. Ainda assim, aflige-se. A cana continua morrendo, mesmo onde há irrigação. O trabalhador canavieiro Sérgio Lira da Silva, 48, que trabalha na usina há mais de duas décadas, olha para o canavial seco e chora. Eu me ajoelho todo o dia e rezo para que volte a chover, confessa, envergado sobre o solo, com o rosto entre as mãos.
Eduardo reforçou a irrigação na sua propriedade. Hoje, 12 mil dos 25 mil hectares são irrigados. Ainda assim, aflige-se. A cana continua morrendo, mesmo onde há irrigação. O trabalhador canavieiro Sérgio Lira da Silva, 48, que trabalha na usina há mais de duas décadas, olha para o canavial seco e chora. Eu me ajoelho todo o dia e rezo para que volte a chover, confessa, envergado sobre o solo, com o rosto entre as mãos.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário