Adecretação de calamidade pública na Saúde estadual pela
governadora Rosalba Ciarlini, em 2012, alavancou investimentos no setor e
culminou com a recente visita do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao
Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, em Natal. Entretanto, não foi suficiente para
mudar uma situação que se banalizou nos últimos anos: a paralisação dos
serviços de ortopedia no Hospital Regional Dr. Deoclécio Marques de Lucena, em
Parnamirim.
Cobrando repasses atrasados, da ordem de R$
2,4 milhões, a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed) suspendeu os
atendimentos desde às 7h da segunda-feira, 1º de abril. O que soou como mentira
para inúmeros pacientes é, na verdade, uma cruel realidade. Até o início da
tarde de ontem, 27 homens e mulheres de idades diversas, aguardavam por
cirurgia nos leitos do hospital.
A problemática, porém, é ainda maior. Os pacientes que necessitam de cirurgias ortopédicas de urgência estão sendo transferidos para o Hospital Walfredo Gurgel, historicamente conhecido pela superlotação dos corredores do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho. Até o início da tarde de ontem, além dos pacientes internados em Parnamirim, outros 27 estavam espalhados entre as enfermarias do quarto andar do HWG e pelos corredores do Clóvis Sarinho.
A problemática, porém, é ainda maior. Os pacientes que necessitam de cirurgias ortopédicas de urgência estão sendo transferidos para o Hospital Walfredo Gurgel, historicamente conhecido pela superlotação dos corredores do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho. Até o início da tarde de ontem, além dos pacientes internados em Parnamirim, outros 27 estavam espalhados entre as enfermarias do quarto andar do HWG e pelos corredores do Clóvis Sarinho.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde
Pública (Sesap) confirmou que o pagamento da Coopmed será regularizado até a
próxima sexta-feira, 5. O presidente da cooperativa, Fernando Pinto, advertiu
que os médicos só retornarão ao trabalho depois que o depósito for
confirmado. Só retomaremos as cirurgias quando recebermos os
pagamentos, frisou Fernando Pinto.
No total, segundo ele, o Estado acumula débitos para com a Cooperativa desde dezembro do ano passado. Somente no Deoclécio Marques, as dívidas chegam a R$ 750 mil (meses de dezembro de 2012; janeiro e fevereiro de 2013). As coisas só chegam a este ponto porque outras medidas não são tomadas antecipadamente, asseverou Fernando Pinto.
O imbróglio entre a Sesap e a Coopmed reflete no tempo de espera dos pacientes. Vítima de acidente automobilístico em junho de 2012, o moto-taxista Paulo Brito de Araújo, de 48 anos, está internado no Deoclécio Marques desde 9 de janeiro. Ele aguarda a quarta cirurgia eletiva na perna esquerda, com múltiplas fraturas em decorrência do acidente. O que eu posso fazer, a não ser esperar, a quem devo recorrer?, indagou.
No total, segundo ele, o Estado acumula débitos para com a Cooperativa desde dezembro do ano passado. Somente no Deoclécio Marques, as dívidas chegam a R$ 750 mil (meses de dezembro de 2012; janeiro e fevereiro de 2013). As coisas só chegam a este ponto porque outras medidas não são tomadas antecipadamente, asseverou Fernando Pinto.
O imbróglio entre a Sesap e a Coopmed reflete no tempo de espera dos pacientes. Vítima de acidente automobilístico em junho de 2012, o moto-taxista Paulo Brito de Araújo, de 48 anos, está internado no Deoclécio Marques desde 9 de janeiro. Ele aguarda a quarta cirurgia eletiva na perna esquerda, com múltiplas fraturas em decorrência do acidente. O que eu posso fazer, a não ser esperar, a quem devo recorrer?, indagou.
Fonte: Tribuna do Norte
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